Turismo e gestão de crises : uma análise da repercussão da pandemia da COVID-19 no Arquipélago de Fernando de Noronha (Pernambuco)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45970 |
Resumo: | No cenário global, o turismo tem se mostrado um grande catalisador de transformações econômicas e sociais devido ao seu alto potencial de geração de emprego e renda. A atividade, no entanto, está sujeita a crises, e sua gestão pode ser o diferencial entre a subsistência ou não do setor (e de comunidades inteiras). O objetivo deste trabalho é analisar a repercussão da crise provocada pela pandemia da COVID-19 no turismo do Arquipélago de Fernando de Noronha, destino que, antes da pandemia, já apresentava um alto grau de vulnerabilidade social, com isolamento geográfico, limitação de recursos e falta de diversificação econômica. A metodologia adotada baseia-se em pesquisas bibliográficas, análise de documentos e informações disponibilizadas pelo poder público local e por organismos internacionais, entrevistas realizadas em campo com a população residente (trabalhadores formais, informais, empresários e representantes de associação) e com os funcionários da administração local. Resultados deste trabalho indicam que a crise em Fernando de Noronha teve impacto semelhante àqueles registrados em outros destinos insulares, com queda de cerca de 70% na visitação em 2020 impactando nos recursos para investimento em serviços como saúde e educação para a comunidade. No entanto, foi observado que as medidas tomadas pela gestão do Arquipélago e ações populares contribuíram para mitigar os impactos da pandemia, garantindo um mínimo de subsistência para a população durante a fase de emergência da pandemia. Modelos estudados neste trabalho sugerem que, embora tenha tomado medidas (reativas) positivas, o Arquipélago não está preparado para uma próxima crise, atuando no sistema tentativa e erro, e ignorando a criação de um plano de gestão de crise e a necessidade de atuar na fase pré-crise e prodromal. Por fim, um importante achado da pesquisa levanta a indispensabilidade de repensar o modelo atual do turismo em Noronha, ao relacionar a interrupção da atividade com relatos de aumento no bem-estar social e com o início de projetos e ascensão de ideias que contribuiriam para o desenvolvimento sustentável do destino. Com o retorno do turismo em progressão e números do último trimestre de 2021 indicando um aumento de até 40% em relação a dados de 2019, o que se percebe é que Noronha figura como importante destino doméstico no Brasil (previsto para um pós-pandemia) e não deve parar de se expandir a não ser que ações sejam tomadas para sua revisão. |