A Representação do Self nas salas de bate-papo na Internet e a noção bakhtiniana de Carnavalização: Uma perspectiva dialógica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira, Robson Santos de
Orientador(a): Meira, Luciano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11289
Resumo: A presente pesquisa de doutorado teve o objetivo de identificar procedimentos de representação do Self na Internet. Para o alcance desse objetivo, delineamos uma proposta teórico-metodológica cuja matriz está no entrecruzamento das abordagens teóricas de Goffman e Bakhtin, por meio das quais chegamos a identificar as características de permanência e impermanência, estabilidade e mudança compondo um circuito virtual de autorefência a partir do chat e estendendo-se para as redes sociais virtuais (Youtube, Facebook, Orkut, Twitter etc.). A operacionalidade dessa proposta teórica permite ser percebida no desenho metodológico de etnografia virtual que denominamos de Modelo Etnográfico Virtual de Estudo das Representações do Self na Internet (MEVERSI), permitindo gerar dados a partir de vários ambientes virtuais de autoreferencialidade, observando-se o comportamento de mudança e permanência do Self, sob o os princípios da carnavalização bakhtiniana como um princípio estético do mundo no qual o uso das máscaras, dos ambientes públicos e abertos, do predomínio do riso no discurso e expressões em geral bem, como a ênfase no baixo corpóreo (sexualidade, pornografia), dentre outras características. A partir dessa metodologia, a análise nos autoriza a afirmar que as pessoas utilizam formas variadas de representação de si mesmas na Internet, podendo constituir um padrão de continuidade desde o chat até as redes sociais ou apresentar um padrão de mudanças diversas no que diz respeito aos modos de autorepresentação (fotos, desenhos, imagens etc.). Em ambos os casos (de mudança e de permanência da pessoa no seu circuito virtual de autoreferência), os resultados encontrados permitem-nos identificar traços característicos do mesmo Self em sua característica de extensão (Self dialógico), autorizandonos concluir que a representação do Self na Internet atende aos princípios da carnavalização bakhtiniana, uma perspectiva dialógica de investigação.