Da obrigatoriedade à prática pedagógica : as formações discursivas acerca do ensino de arte nos anos iniciais do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Moura Da Silva, Silvana
Orientador(a): Luíza Neto Siqueira, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4649
Resumo: Este trabalho discute as concepções de Arte e de ensino de Arte de professoras do Ensino Fundamental I da Rede Municipal da Prefeitura da Cidade do Recife, propondo compreender sua prática frente à obrigatoriedade do ensino de Arte na Educação Básica, assegurada pela Lei nº 9.394/96, da LDB. A revisão bibliográfica sobre a temática discute o percurso histórico ocidental dos conceitos de Arte, indicando elementos para a compreensão dos paradigmas atuais sobre o seu ensino. A pesquisa foi de abordagem fenomenológica, adotada por sua possibilidade de aproximação às professoras como uma busca compartilhada do sentido de seu sistema de significados. O aporte metodológico foi a Análise de Discurso AD, com base na linha teórica de Eni Orlandi, tendo como foco os discursos dito e não-dito das professoras, apreendidos através de observação de sua prática e de entrevistas semiestruturadas. Denominando seu discurso como pedagógico, analisamos ainda o interdiscurso, concebido como a articulação desse discurso com o institucional, o qual corresponde aos textos de base legal: LDB, PCNs, proposta pedagógica da PCR. Verificamos, como base de sustentação do discurso pedagógico: o ideário canônico; o ideário de beleza clássica; a livre expressão, como sinônimo de liberdade. As professoras expressaram, como dificuldades para o ensino de Arte, a carência de formação adequada e de habilidade para trabalhar com Arte, o que denominamos de distância entre a proposição instituída e sua operacionalização. Mesmo reconhecendo suas limitações, quanto à sua formação e condições de trabalho, mostram-sedispostas a discutir, com pesquisadores e definidores de políticas públicas, suas dúvidas, necessidades e dificuldades, e assim, abertas às possibilidades de superá-las. Inferimos que as questões aqui discutidas vêm contribuir para a reflexão sobre a importância do ensino de Arte no currículo, considerando, sobretudo, que se trata de uma linguagem, que atribuindo sentido ao seu objeto de conhecimento, sua construção e/ou produção, comunica e expressa saberes culturais e estéticos, sendo, portanto, merecedora de eqüidade em relação às demais áreas