Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
ANDRADE, Jaciquely José da Costa |
Orientador(a): |
CAVALCANTI, Ana Márcia Tenório de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38292
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Resumo: |
A presença de um indivíduo doente na família, seja de ordem física ou mental, pode gerar implicações negativas, como por exemplo, o desgaste no relacionamento familiar que pode comprometer a sua funcionalidade. No cuidado ao indivíduo com transtorno mental, a família precisa lidar frequentemente com os comportamentos problemáticos, desadaptados e, até mesmo agressivos. Tais situações exigem reorganização constante das famílias, sobretudo dos cuidadores, uma vez que podem tornar se sobrecarregados. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi analisar a relação entre funcionalidade familiar e sobrecarga de familiares cuidadores de pessoas com transtorno mental. Trata se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado em um Centro de Atenção Psicossocial, localizado no município Vitória de Santo Antão Pernambuco. A amostra foi composta por 61 familiares auto denominadoscuidadores principais. Os dados foram coletados a partir de entrevistas, no período de abril a maio de 2019, por meio das escalas de Avaliação da Sobrecarga dos Familiares e APGAR de família. Ademais, foram elaborados genogramas para avaliação das relações familiares de seis famílias com acentuada disfunção familiar. Os dados obtidos foram organizados em planilha do Microsoft® Office Excel versão 2016.0 for Windows e foram exportados para o programa IBM SPSS versão 18.0, para análise estatística. Inicialmente, foi realizada a análise descritiva para a caracterização dos usuários com transtorno mental, dos familiares cuidadores, das orientações em saúde e das estratégias educativas. Para investigar a relação entre funcionalidade familiar e sobrecarga, foi aplicada análise de correspondência. Além disso, utilizou se o modelo WOE, de classificação binária, para avaliar a influência dos fatores na sobrecarga do cuidador. Para analisar a disfunção das famílias com sobrecarga, utilizou se o teste de Mann Whitney, com nível de significância de 5%. Na etapa de avaliação dos genogramas, foi utilizado o Modelo Calgary de Avaliação da Família (MCAF). Em relação à sobrecarga subjetiva do cuidador, as tarefas que geraram maior incômodo foram: o comportamento suicida (100%), a preocupação com o futuro do paciente (93,6%), o peso dos gastos financeiros (55,7%) e lembrar o paciente sobre sua higiene pessoal (47,3%). Quanto à sobrecarga objetiva, lembrar o paciente para tomar as medicações foi a atividade que acarretou maior sobrecarga aos cuidadores (65,6%). Evidenciou se que a maioria das famílias é altamente funcional (65,6%) e 24,6% apresentou acentuada disfunção familiar. A análise de correspondência demonstrou que as famílias com acentuada disfunção familiar estão mais próximas da Média Global de sobrecarga. Logo, essas famílias apresentam sobrecarga elevada. A partir do Modelo Calgary de Avaliação da Família (MCAF) e da estrutura do genograma, foi possível analisar os aspectos estruturais, de desenvolvimento e funcionais das famílias com acentuada disfunção familiar. Foram observados os principais fatores que acarretam maior nível de sobrecarga no familiar cuidador. Ademais, o MCAF permitiu avaliar as famílias de forma integral e conhecer as relações entre os membros, bem como o apoio que o cuidador recebe. |