Avaliação da toxicidade e potencial anticâncer da lectina das folhas de Myracrodruon urundeuva (MuLL)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: PRAZERES, Gabryella Borges dos
Orientador(a): PAIVA, Patrícia Maria Guedes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55493
Resumo: O câncer corresponde ao crescimento celular desordenado que pode resultar na invasão de tecidos ou órgãos adjacentes. A busca por novos agentes terapêuticos é intensa devido aos altos índices de rejeição aos tratamentos convencionais. As plantas contêm proteínas bioativas, como as lectinas, que se ligam de forma específica e reversível a carboidratos e glicoconjugados. Estudos anteriores desenvolvidos relataram que as lectinas podem apresentar atividade antitumoral. A Myracrodruon urundeuva apresenta diversas atividades biológicas como anti-inflamatória, neuroprotetora e citotóxica para células cancerígenas. Uma lectina foi isolada das folhas de M. urundeuva (MuLL). Este estudo determinou a toxicidade aguda e em doses repetidas da lectina das folhas da M. urundeuva, bem como sua atividade frente ao sarcoma 180. MuLL foi purificada de acordo com procedimentos já estabelecidos. Foram determinadas a concentração proteica (2,5 mg/mL) e a atividade hemaglutinante específica (12,8 título-1/mg/mL). Para os ensaios de toxicidade aguda (200mg/kg; n = 5 animais), em doses repetidas (10,0 e 1,0 mg/kg/dia; n = 10 animais) e na avaliação antitumoral (10,0 e 1,0 mg/kg/dia; n = 12 animais), os animais foram avaliados quanto a parâmetros hematológicos, bioquímicos e histológicos. MuLL não desencadeou mudanças comportamentais e não foi agente antinutricional. Não foram observadas alterações hematológicas, bioquímicas e histológicas. No teste em doses repetidas houve diminuição do colesterol total das fêmeas e análise histológica revelou alterações estruturais, como infiltrados inflamatórios e obstrução/congestão tubular. MuLL foi capaz de reduzir de forma significante o peso do tumor dos animais tratados em relação ao controle. MuLL não apresentou toxicidade aguda, diminuiu o peso do tumor e foi agente antitumoral frente a Sarcoma 180.