Toxidade e atividade moluscicida do extrato etéreo, da atranorina e do ácido praesorediósico de Parmotrema praesorediosum (Nyl.) Hale

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: CARVALHO, Alexsandra Nascimento de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16901
Resumo: A esquistossomose é uma doença endêmica distribuída em regiões tropicais e subtropicais, que pode ser controlada através do molusco Biomphalaria glabrata. O objetivo desde trabalho foi avaliar as atividades embriotóxicas, moluscicida e artemicida do extrato etéreo, da atranorina e do ácido praesorediósico, ambos purificados de Parmotrema praesorediosum. A partir do extrato obtido de P. praesorediosum com éter dietílico foram realizados isolamento e purificação do ácido praesorediósico e da atranorina. O extrato etéreo e as substâncias purificadas foram analisadas através de CCD, CLAE, RMN-H1 e RMN-C13. Para a realização dos bioensaios, todas as substâncias analisadas foram dissolvidas em DMSO (0,25%) e expostas por 24 h a 25˚C e foram utilizados grupos controle negativos (água e DMSO a 0,25%) e positivos (niclosamida 20 μg/mL e carbonato cúprico 50 μg/mL). Para os ensaios de embriotoxicidade com B. glabrata utilizou-se as seguintes concentrações para o extrato etéreo 1000, 500, 300, 250, 150, 100, 50 e 25 μg/mL, a atranorina 1000, 500 e 250 μg/mL e o ácido praesorediósico 500, 250 e 125 μg/mL. Após a exposição, os embriões foram observados por 8 dias consecutivos e classificados como inviáveis (embriões mortos e malformados) e viáveis (embriões eclodidos). Os experimentos foram realizados em triplicata com 100 embriões por grupo. Para os testes moluscicidas foram selecionados 150 animais, que foram colocados em recipientes individuais com água filtrada para verificar a maturidade sexual e, em seguida foram separados 120 animais sexualmente maduros. Os moluscos (n=5) foram separados e submetidos ao extrato etéreo 200, 150, 100, 50 e 25 μg/mL e a atranorina purificada 500, 250 e 125 μg/mL, e os testes foram realizados em triplicata para cada concentração e avaliados durante 8 dias. Para o ensaio de toxidade ambiental com A. salina utilizou-se o extrato etéreo 1000, 500, 250, 100, 50 e 25 μg/mL, a atranorina purificada 1000, 500, 250, 125 e 62,5 μg/mL e o ácido praesorediósico purificado 200, 125, 62,5 μg/mL incubados em água do mar. Os testes foram realizados em quadruplicata com 5mL da solução com dez larvas por tubo de ensaio. Os grupos foram analisados quanto à frequência de letalidade e sobrevivência. Os testes estatísticos utilizados foram o ANOVA e o pós-teste Newman- keuls com p < 0,05. A embriotoxicidade do extrato etéreo e do ácido praesorediósico purificado foram comprovados, pois as substâncias apresentaram valores de CL50 de 363,07 μg/mL e 213,79 μg/mL, respectivamente. A CL50 estimada para os moluscos tratados com o extrato etéreo foi de 102,32 μg/mL demonstrando ser bastante eficiente no combate ao hospedeiro intermediário. A atranorina purificada não apresentou toxicidade sobre embriões e moluscos. Os ensaios demonstraram que o extrato etéreo, a atranorina e o ácido praesorediósico, ambos purificados, apresentaram baixa toxicidade ao microcrustáceo, indicando que estas substâncias oferecem baixo risco ao meio ambiente. A toxicidade do extrato etéreo e do ácido praesorediósico purificado do líquen P. praesorediosum nas diferentes concentrações testadas causou significativa letalidade sobre embriões e moluscos de B. glabrata, demonstrando ser bastante promissor visto que pode ser considerado como potente agente moluscicida.