Atividade antimicobacteriana, citotoxicidade e interação com macrófagos J774 de lipossomas contendo ácido úsnico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Pontes de Siqueira Moura, Marigilson
Orientador(a): Stela Santos Magalhães, Nereide
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3639
Resumo: O ácido úsnico (AU) [2,6-diacetil-7,9-dihidroxi-8,9b-dimetil-1,3-(2H,9H)-dibenzofurano] é um composto derivado do metabolismo secundário de liquens e conhecido pela sua atividade antimicrobiana contra bactérias gram-positivas e micobactérias. A tuberculose pulmonar é caracterizada pelo envolvimento de macrófagos contendo no seu interior elevada quantidade de Mycobacterium tuberculosis. Os lipossomas têm sido usados como carreadores coloidais de fármacos direcionados às células. Há uma necessidade urgente de novos compostos para o tratamento de infecções causadas por micobactérias, uma vez que, nenhum novo antibiótico tem sido desenvolvido desde a década de 70. O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana in vitro do AU encapsulado em liposomas contra o M. tuberculosis e investigar sua interação com macrófagos. Os lipossomas foram preparados usando a técnica de hidratação do filme lipídico com subseqüente sonicação. A concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) contra o M. tuberculosis H37Rv foram determinadas segundo o ensaio de microdiluição utilizando Alamar blue. A citotoxicidade do AU foi avaliada para macrófagos J774 e a viabilidade celular foi detectada pelo ensaio padrão de MTT. O estudo de interação celular foi realizado com macrófagos J774 usando a espectroscopia de fluorescência. Os valores de CIM e CBM para o AU livre foram 6,5 e 32 &#956;g/ml, respectivamente. Por outro lado, AU lipossomal exibiu uma CIM de 5,85 &#956;g/ml e CBM de 16 &#956;g/ml. A concentração requerida para inibir 50% da proliferação celular (CI50) foram 22,5 e 12,5 &#956;g/ml para o AU livre e encapsulado, respectivamente. Um incremento do conteúdo intracelular de lipossomas contendo AU foi verificado pela maior emissão de fluorescência detectada (21,57 x 104 c.p.s) em comparação a do AU livre (9,54 x 104 c.p.s). Além disso, a formulação lipossomal proveu uma quantidade intracelular de AU praticamente invariável durante longo período de tempo (30 h, p < 0,05). Estes resultados indicaram uma forte interação entre lipossomas e macrófagos J774, facilitando a penetração do AU nessas células de defesa, como também, considerável aumento de sua atividade contra o M. tuberculosis