Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
AMORIM NETO, Paulo Dias de |
Orientador(a): |
FRAZÃO, Iracema da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36903
|
Resumo: |
A relação do uso de substâncias psicoativas e a atividade laboral pode ser agravada por diversos fatores de risco, dentre os quais se destacam questões psicossociais e sociolaborais. Nesse sentido, objetivou se analisar a relação entre o uso de substâncias psicoativas e a atividade laboral em policiais militares. Trata se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvido no Núcleo de Atendimento ao Dependente Químico da Polícia Militar de Pernambuco. A amostra foi composta por 251 prontuários de policiais militares, sorteados e estratificados. A coleta de dados ocorreu por meio de um formulário próprio, contendo dados sociodemográficos e laborais, e dois instrumentos relacionados ao rastreio de uso de substâncias: Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test e Alcohol Use Disorders Identification Test. A análise de dados ocorreu por meio de estatística descritiva, realizando se testes de associação (qui quadrado ou exato de Fisher) e regressão logística de Poisson com variância robusta. Para o geoprocessamento, utilizaram se os softwares TerraView 4.2.2 e o QGIS2.18. A partir das características sociodemográficas foi identificado que a maior parcela dos policiais era do sexo masculino (99,2%), casados (70,1%), idade entre 41 e 50 anos (50,2%), ensino médio completo (48,2%) e renda familiar entre três e cinco salários mínimos (93,2%). Quanto à especificidade da atividade laboral, 70,9% estavam lotados em batalhões operacionais de área e companhias independentes de policiamento; em relação ao posto ou graduação, 98,4% era composto por policiais com menores níveis hierárquicos, e com tempo de serviço médio estimado em 21 anos. A diminuição do comportamento militar em serviço foi expressa pela alta prevalência de punição disciplinar sofrida pelos assistidos, parcela expressiva da população (76,5%) recebeu alguma punição disciplinar antes da admissão no tratamento, sendo a prisão a punição mais prevalente (49,4%) e o absenteísmo a principal causa (42,2%). Em relação à substância utilizada, destacou se o uso exclusivo do álcool (82,9%) nos policiais com tempo de serviço entre 10 e 20 anos (47%) e com frequência de uso diária (86,5%). Quanto à análise bivariada, em relação à punição disciplinar, evidenciaram se associações estatísticas significativas com a idade, o tempo de serviço e estar vinculado em batalhões operacionais de área. Quanto à substância de uso, houve associação entre o uso de álcool e o estado civil, idade, escolaridade e o tempo de serviço. Quanto à análise multivariada, a variável dependente punição disciplinar apresentou associação estatística significativa com o posto/graduação, sendo os policiais militares dos menores níveis hierárquicos com maior risco de prevalência para o recebimento de punição disciplinar. Em relação à idade, os profissionais com menos de 50 anos também obtiveram maior risco de prevalência para receber punição disciplinar. Evidenciou--se a relação do uso de substâncias com a punição em serviço. Portanto, faz--se necessário enxergar as especificidades do trabalho policial e suas singularidades, buscando, por intermédio da educação em saúde, nortear as práticas de cuidado para essa categoria profissional. |