Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Janice da Silva |
Orientador(a): |
SALLES, Conceição Gislane Nóbrega Lima de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29876
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Resumo: |
Esta pesquisa, por meio de alguns dizeres infantis, insere-se nos diálogos contemporâneos que versam sobre uma infância do pensamento, que difere das concepções etapistas, mas revela-se enquanto atemporal. Por tal potência habita as escolas, repleta de pensamentos que dialogam com a filosofia e seu filosofar, sustentando possibilidades que vão além de uma relação factual com a disciplina. Essa relação de infância e filosofia na educação inicia uma trajetória por meio de projetos, oficinas e rodas de conversa, inúmeros outros caminhos que situam experiências com a filosofia na trilha do filosofar. De tal forma nos convida a dialogar com a nossa própria infância, rememorando pensares criativos, singulares, que podem estar um pouco fora de foco, frente a uma condição adulta que historicamente assinalou o limite da infância. Nesse sentido, dialogamos com interlocutores que pontuam a infância enquanto lócus de alteridade, potência de um devir, pois se trata de uma condição, ao invés de um momento breve na existência; dentre eles destacamos Skliar (2003, 2012, 2015); Kohan (2007, 2008); Larrosa (2006); Larrosa e Skliar (2001); Agamben (2005, 2015). Na busca deste encontro com a infância apresentamos nossos participantes que contribuíram indescritivelmente para nossa experiência compondo um grupo de doze crianças do terceiro ano do ensino fundamental I, de uma instituição pública na cidade de Caruaru/Pernambuco, interessadas em compartilhar conosco seu filosofar. Todavia, como aporte metodológico, convidamos para esse encontro a ludicidade do RPG (Role-Playing-Game), por se tratar de um jogo que une elementos narrativos, imaginativos, em uma mesma ambientação, que por sinal possibilita a todos que participam, incluindo os que mediam a construção e reconstrução de sua estrutura. Desta forma a inquietação que mais se sobressai em nossa convivência, também em nossa escrita, foi a experiência vivenciada com as crianças no decorrer da pesquisa, além da possibilidade de nos encontrar com alguns dizeres sobre alteridade, pensamento, comunicabilidades que podem estar alojadas no filosofar. Desta forma almejamos criar condições para o desvelar de expressões infantis, contidas não apenas em palavras, mas em gestos, sorrisos, também outras formas de comunicar. Sendo assim, destacamos alguns achadouros provenientes de nossos encontros com as crianças na medida em que reinventam sem precedentes o que aparenta já estar finalizado. Crianças desafiam, ousam, expõem um devir que não está subalternizado a uma mesmidade. Há sempre uma nova palavra, principalmente quando está imersa em uma experiência que se entrecruza com o filosofar. |