Universo feminino, pobreza e Aids : um estudo sobre a vulnerabilidade para o HIV/AIDS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ceci Rodrigues de Melo Facó, Maria
Orientador(a): de Fátima Gomes de Lucena, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9657
Resumo: A epidemia de aids no Brasil se caracteriza por apresentar um perfil epidemiológico notadamente marcado por um processo de feminização e particularmente entre mulheres com relacionamento estável, marcadas pelo pertencimento entre as mais pobres do país. Este estudo, cujo título é Universo Feminino, Pobreza e Aids: um estudo sobre a vulnerabilidade para o HIV/aids em mulheres pobres usuárias do SUS em Teresina (Piauí) na contemporaneidade , objetivou investigar a influência das relações de gênero na adoção de práticas de sexo e/ou vulnerabilidade para o HIV/aids, por mulheres pobres usuárias do Sistema Único de Saúde. Para tanto, foi utilizado como estratégia metodológica o estudo exploratório, descritivo, de natureza qualitativa, com recursos do tipo: pesquisa bibliográfica, observação participante e seu registro em diário de campo, entrevistas. Os dados foram obtidos através de entrevistas semi-estruturado, o que possibilitou os sujeitos falar sobre os diferentes momentos de sua vida: experiências, impressões e expectativas na construção de seu novo mundo, após conhecimento da soropositividade para o HIV/aids. Tais dados foram agrupados por temas para análise posterior. Os sujeitos estudados foram mulheres que buscavam o serviço especializado para tratamento do HIV/aids da Secretaria Estadual da Saúde do Piauí, o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela IDTNP, pertencente à rede SUS, campo empírico do estudo. A amostra foi intencional e composta por dez mulheres, com até dois anos de diagnóstico confirmado da infecção pelo HIV ou aids e faixa etária entre 20 e 49 anos. Para análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, apoiada nas contribuições do conceito de gênero no contexto do HIV/aids. O argumento central desenvolvido foi que, para as mulheres, a aids tem revelado que os laços conjugais, em sua maioria, são determinados por relações de força, de dominação, em que se incluem dependência, inferioridade e obediência. A pesquisa mostrou que o contágio deu-se em relações heterossexuais estáveis, espaço limitado para medidas preventivas no enfrentamento do HIV e regulado pela naturalização, no que diz respeito às relações de poder desiguais entre os gêneros