Caracterização ultraestrutural dos componentes bioquímicos da região tegumentar e subtegumentar de verme adulto macho de Schistosoma mansoni (SAMBON,1907)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: PADILHA, Rafael José Ribeiro
Orientador(a): LIMA FILHO, José Luiz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12052
Resumo: Uma alternativa para identificar componentes bioquímicos necessários ao estabelecimento e manutenção do parasito no hospedeiro pode ser obtida através da citoquímica. Foi realizado um estudo citoquímico ultraestrutural do verme adulto macho de S. mansoni com 25, 45 e 130 dias. Para localizar sítios de cálcio utilizamos a técnica de Hepler e para evidenciar grupamentos aniônicos empregamos a ferritina cationizada, além do tratamento enzimático com condroitinase, tripsina e neuraminidase. Para a identificação de lipídios insaturados foi utilizada, a técnica do Tampão Imidazol e para localizar proteínas básicas empregamos às técnicas do Ácido Fosfotúngstico (PTA) e da Prata Amoniacal. A localização de sítios de cálcio mostrou-se bastante uniforme, demarcando os espaços internos, principalmente, o tecido muscular do verme, independente da sua idade. As amostras tratadas com ferritina cationizada apresentaram uma forte marcação na membrana do tegumento e glicocálice a intensidade da marcação aumentou de acordo com a idade do verme. O tratamento das amostras com a neuraminidase não alterou o padrão de marcação, enquanto com a tripsina marcou moderadamente a superfície do trematóide. Já, o tratamento com a condroitinase resultou em marcação pontual na superfície do verme. Foi observada a presença de lipídios insaturados de formato globular em toda a região tegumentar e subtegumentar do verme, sendo maior a concentração de lipídios à medida que verme ficava mais velho. Através da técnica da prata amoniacal, identificamos forte marcação dos carboidratos ácidos nas regiões tegumentares e subtegumentares do verme, com marcação do glicocálice presente apenas nos vermes com 45 dias. Já com o PTA foi identificada a presença de proteínas básicas no núcleo e nucléolo de células subtegumentares para todos os vermes, além de corpos de inclusão e espículas do tegumento nos vermes com 45 e 130 dias. O esclarecimento da composição bioquímica da região tegumentar e subtegumentar do verme adulto S. mansoni fornece dados para um melhor entendimento das relações parasitohospedeiro.