O que você sente sobre política? : a influência da percepção de ameaça sobre a polarização afetiva no eleitorado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SOUSA, Mariana Meneses Silvestre de
Orientador(a): PAVÃO, Nara
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencia Politica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34240
Resumo: Pessoas que se sentem ameaçadas são mais polarizadas afetivamente em relação a grupos de indivíduos definidos politicamente? Estudos anteriores mostraram uma relação entre a percepção de ameaça imposta por um grupo sobre o desenvolvimento de sentimentos de etnocentrismo e discriminação em relação a ele. Mas a mudança no comportamento do indivíduo se limita ao grupo ameaçador, ou situações de risco impactam sobre a relação do indivíduo com outros grupos, ao promover um comportamento de busca por segurança? Através dos dados do Latin American Public Opinion Project, coletados em 2017 no Brasil, não foi possível sustentar empiricamente o argumento de que a percepção de ameaça leva a um aumento da polarização afetiva em relação a variados grupos definidos politicamente. Os dados disponíveis impõem limitações quanto à mensuração do conceito de ameaça, tornando esses resultados frágeis. Apesar disso, essa pesquisa inova por ser a primeira a oferecer perfis com características individuais relacionadas à polarização afetiva no Brasil e superar a discussão partidária no âmbito da polarização afetiva. Adicionalmente, de forma contrária ao que defende parte da literatura de Ciência Política, nossos achados mostram que ideologia não é uma explicação suficiente para a polarização afetiva no país.