Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
ARCANJO, Jozelito Alves |
Orientador(a): |
ATHIAS, Renato Monteiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/712
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Resumo: |
Esta dissertação é sobre a Dança do Toré entre os Pipipã de Kambixuru, grupo indígena do Sertão da Serra Negra, Floresta PE, onde identificamos os sinais diacríticos que distinguem a identidade étnica dos Pipipã. Este estudo foi precedido de uma pesquisa de campo em que procuramos observar as performances dancísticas do Toré. Procuramos identificar e analisar as categorias que integram o sistema simbólico elaborado pelos Pipipã, para compreender como o Toré está integrado na estrutura social dos Pipipã, povo ressurgido , outrora vivendo juntamente com os Kambiwá e que hoje se autodenomina através de um etnônimo historicamente conhecido, porém de um povo oficialmente extinto. Procuramos mostrar, neste trabalho, como os Pipipã processam a construção de sua identidade e de sua organização social. Analisamos a dança como uma linguagem e um fenômeno específicos dos povos indígenas no Nordeste brasileiro, que comunica, tanto aos dançadores quanto aos espectadores, uma identidade étnica, uma vez que os dançadores passam a constituir um discurso de sua identidade, relacionado com o Toré. Os Pipipã, ao anunciar sua identidade, desencadeiam uma série de relações interétnicas marcada pelo conflito e pela barganha do reconhecimento tanto por seus parentes quanto pelo órgão indigenista oficial e a sociedade envolvente. Assim a Dança do Toré revela-se como uma performance de natureza ao mesmo tempo política, ritualística e lúdica. Apesar da imposição, essa dança encontra significação no contexto do processo de etnogênese. Ao ser instituída e se afirmar em situações históricas, sociais, culturais, políticas e ecológicas diferentes, sua análise revela códigos inconscientes que explicam ou ajudam a compreendê-la. A Dança do Toré revela-se, portanto, capital cultural, moeda corrente na relação de inclusão e exclusão entre os Pipipã. Trata-se de uma identidade política no processo de produção da indianidade Pipipã. A ressurgência étnica, nesse caso, torna-se uma variante dentro do movimento de etnogênese |