A escrita ensaística da Escola do Recife: uma releitura do movimento sob a perspectiva sociorretórica de gêneros textuais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: MENDONÇA, Helena Maria Ramos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11048
Resumo: Este trabalho possui a pretensão de agrupar três áreas do saber: o direito, a linguagem e a história. Esta última traz para a discussão a Escola do Recife, movimento intelectual surgido em Pernambuco na segunda metade do Século XIX, reunindo o pensamento de Tobias Barreto, Sílvio Romero, Artur Orlando, Martins Júnior e Clóvis Beviláqua; enquanto o direito e a linguagem revelam o propósito de examinar os gêneros textuais produzidos pela doutrina jurídica do período, dedicando atenção especial ao gênero ensaístico, escrita privilegiada pelo grupo do Recife. A fragmentariedade atribuída aos textos produzidos pelos autores vinculados ao movimento – e algumas vezes utilizada como fator de desprestígio de suas teorias – é uma característica da prática intelectual do grupo tão significativa quanto o conteúdo de suas ideias. A escolha por determinados veículos de divulgação de ideias indica estratégias de comunicação que revelam sutis, mas importantes relações entre os propósitos comunicativos dos autores, os domínios discursivos explorados e a receptividade do público. Partindo da perspectiva sociorretórica de análise de gêneros textuais, fundamentada nos argumentos dos autores Charles Bazerman, Carolyn Miller e Vijay Bhatia, esta pesquisa defende a tese de que o prestígio dedicado ao gênero ensaístico pela Escola do Recife indica um traço de identificação do movimento, promovido pelo contexto sócio-político-cultural em que o grupo estava inserido, representando uma peculiar e relevante contribuição para a consolidação da cultura jurídica do período.