Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Ítalo Henrique de Freitas Ramos da |
Orientador(a): |
SANTOS, Elisabeth Cavalcante dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
PPrograma de Pós-Graduação em Gestão, Inovação e Consumo
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50843
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Resumo: |
Após reiteradas solicitações para que a área dos Estudos Organizacionais (EOR) se envolvesse com a teoria da história, é possível afirmar que os teóricos organizacionais fizeram o esforço para introduzir abordagens historiográficas variadas mediante escolhas onto-epistemológicas distintas. Embora não seja difícil notar que esse esforço ainda negligencia a alteridade pensada à margem dos teóricos críticos localizados no Norte Global Ocidental (NGO). Assim, meu argumento central nesta dissertação é que as abordagens historiográficas introduzidas na área institucional dos EOR precisam estar engajadas com a opção ético-política da decolonialidade. Como articulação teórico-metodológica, proponho a Abordagem Histórica Decolonial Polifônica (AHDP) para co-construir narrativas históricas sobre o passado demarcado por silêncios impostos ou causados pela colonialidade. Amplio a percepção epistêmica sobre as formas históricas de organização e gestão que podem ser entendidas a partir das festas populares enquanto lócus empírico. Duas questões orientam esta dissertação: (1) Como as festas populares podem ser compreendidas enquanto lócus de organização e gestão a partir da AHDP? E (2) por que as festas populares mudam ou preservam determinadas maneiras de organização e gestão no decorrer da sua história? O contexto empírico da pesquisa foi a festa popular do São João que caracteriza as festas juninas no Nordeste brasileiro, em especial nas dimensões socioeconômica e cultural para a cidade de Caruaru, Pernambuco, Brasil. O método estava engajado aos preceitos teóricos da AHDP, seguindo uma abordagem qualitativa de incursão etnográfica nos arquivos históricos à luz da decolonialidade e co-construindo narrativas históricas sobre o passado acessado através das histórias orais. A contribuição central da pesquisa foi demostrar que diferentes elementos vistos como “tradicionais” ou “modernos” são hierarquizados pela colonialidade/modernidade, fazendo com que esses elementos coexistem a partir de narrativas históricas co-construídas sobre a organização e gestão da festa do São João caruaruense ao longo do tempo. |