Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
ALMEIDA, Patricia Fortes de |
Orientador(a): |
OLIVEIRA, Aurenéa Maria de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48410
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Resumo: |
Nesta pesquisa, nos propusemos a compreender as implicações dos dispositivos de sexualidade e pedagógicos na constituição de identidades e modos de subjetivação lésbicos. Para isso, nos voltamos a compreender a atuação (e possíveis entrelaçamentos) da família, igreja/religião e escola em processos regulatórios de generificação e sexualização nas narrativas das trajetórias de vida de mulheres lésbicas. Buscamos investigar os processos em que se instituem resistências aos padrões compulsórios de gênero e sexualidade, que irrompem através desses dispositivos; nos propomos a analisar os processos em que as mulheres tecem a si mesmas, lésbicas, na relação consigo mesmas e com outras pessoas através das experiências vividas na escola (e para além dela). Partimos da interlocução com mulheres que se autodeclaram lésbicas e que viveram suas trajetórias escolares entre os anos de 1980 a 2017. Metodologicamente, realizamos entrevistas narrativas com doze mulheres lésbicas de diferentes faixas etárias através de um roteiro semiestruturado de temas/perguntas. Estabelecemos para escolha das interlocutoras, os seguintes critérios: a) se autodeclararem lésbicas; b) terem estudado a maior parte do período de sua trajetória escolar em escolas públicas em Pernambuco; c) terem cursado, no mínimo, até o ensino fundamental completo. Operamos com um arranjo teórico-metodológico que contempla referências vinculadas ao Pensamento lesbofeminista, aos estudos feministas, especialmente aqueles de viés pós- estruturalista, e estudos foucaultianos. Construímos, portanto, um desenho analítico em que as narrativas da pesquisadora e as narrativas das entrevistadas se entrelaçam, tecendo uma análise do discurso que se apoia em pressupostos foucaultianos, em diálogo com as teorizações lesbofeministas de Adrienne Rich, Audre Lorde, Glória Anzaldúa e das feministas pós-estruturalistas Judith Butler, Tânia Navarro Swain, Denise Portinari, entre outras autoras. No conjunto dessas análises, foi notória a prevalência de uma atuação conjugada entre os dispositivos de sexualidade e pedagógicos, fazendo instaurar um padrão compulsório de gênero/feminilidade e um regime heteronormativo. Todavia, esse modus operandi não quer dizer que essas forças se movimentaram, impreterivelmente, numa mesma direção, como se estivessem orquestradas e agissem em uníssono. Pelo contrário, através desses dispositivos se configuraram poderes/regimes de verdade que ora se aproximaram, ora se distanciaram, ora se confrontaram, ora se apoiaram entre si. Estes poderes e deslocamentos, abriram margens, fendas, a partir das quais desencadearam-se processos identitários, modos de subjetivação lésbicos tramados enquanto “desvios”, enquanto cuidado de si. Práticas que abrangeram diversas e singulares maneiras de transformarem a si mesmas através das experiências vividas na escola e para além dela, fazendo de suas vidas obras detentoras de sentido, estética, estilo. |