Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
BEZERRA, Janaina Santos |
Orientador(a): |
ASSIS, Virgínia Maria Almoêdo de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Historia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17551
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Resumo: |
Este trabalho de pesquisa consiste em discutir a integração de sujeitos mestiços na elite colonial em Pernambuco no século XVIII, principalmente no Recife e em Olinda, tentando tornar compreensível o contexto de mestiçagem e tensão social em que viviam indivíduos e famílias, assim como as diversas estratégias utilizadas por esses mestiços para se inserirem socialmente. Como ponto de partida da nossa abordagem procuramos focalizar a atenção para o significado e a abrangência do termo pardo, em Pernambuco, buscando ressaltar suas particularidades e diferenças, comparado às demais regiões do Brasil. Na sequência tentamos mostrar, através de uma análise de registros de casamentos, documentos da câmara, cartas patentes, Compromissos das irmandades, dentre outros, que muitos pardos se fizeram notáveis. Alguns dos quais receberam mercês da Coroa, fizeram parte das Ordens Terceiras; outros foram grandes comerciantes, militares, senhores de engenho, oficiais da Câmara do Recife, funcionários reais. Cada qual buscou, a sua maneira, melhor se apropriar das diversas oportunidades que a inserção em determinada teia de relações permitia. Através da trajetória de indivíduos e famílias pardas, a narrativa que segue busca reconsiderar e reavaliar interpretações sobre a composição da elite Pernambucana setecentista. Aqui defendemos a ideia que tal elite não tinha uma cor específica. Muitos sujeitos mesclados também estavam posicionados no topo de uma hierarquia social. A intenção não é mostrar exceções de sujeitos pardos em estado de mobilidade ascendente, mas possibilidades, em meio à dinâmica colonial. A trajetória dos legados aqui pontuados demonstra que a hierarquia social não era rígida; existia uma mobilidade que era possível através de inúmeras estratégias utilizadas por muitos sujeitos de cor. |