A representação das identidades femininas em A Via Crucis do Corpo de Clarice Lispector

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SANTOS, Joabe Nunes dos
Orientador(a): GÓMEZ SÁNCHEZ, Dário de Jesús
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34428
Resumo: Esse trabalho tem como temática a análise da representação das identidades femininas das personagens dos contos que compõem a obra A Via Crucis do Corpo (1974) da escritora Clarice Lispector. Para tal investigação buscou-se dividir as personagens em dois blocos: mulheres do lar VS mulheres da rua. Assim, perfilando os atos enunciativos e narrados que podem evidenciar as identidades dessas personagens, utilizamos Hall (2014), Woodward (2014), Canton (2009), entre outros, que compreendem a identidade como algo não fixo e sim cambiante. Entendemos que o corpo físico é o local em que ocorrem essas mudanças de identidade, sendo o palco da via crucis literal e metafórica. Sendo assim, Clarice Lispector rompe com a estética tradicionalmente masculina e conservadora, e se utiliza da literatura para demarcar o território feminino enquanto lugar de poder, prazer, desejo, beleza e gozo. A mulher, nessa obra, torna-se protagonista do seu desejo e se desnuda diante das possibilidades, constrói sua identidade tendo o corpo e o desejo como elementos fundantes. Dessa maneira, a literatura cumpre o seu papel enquanto instrumento de libertação da alma, quebra de paradigmas e destruição de tabus e preconceitos, abrindo espaço as múltiplas identidades que o ser humano carrega dentro de si.