Colonização diferencial de carcaças de ratos (Rattus norvegicus) por dípteros necrófagos em uma área de Caatinga de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Diego Leandro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16479
Resumo: Moscas necrófagas são um grupo de insetos que possuem grande associação com a decomposição da matéria orgânica, incluindo carcaças animais e cadáveres humanos, sendo por isto utilizadas amplamente em estudos de Entomologia Forense, que se baseiam em dados entomológicos para a resolução de crimes. O trabalho teve como objetivo verificar a associação de moscas necrófagas com carcaças de ratos (Rattus norvegicus) em decomposição, em um ambiente de Caatinga do estado de Pernambuco. O estudo consistiu na execução de dois experimentos de campo simultâneos. O primeiro visou verificar o padrão de atividade de voo de moscas adultas ao longo da decomposição de 29 carcaças, separando as capturas diurnas das noturnas. O segundo experimento visou a caracterização da colonização de 42 carcaças, em sete regimes sequenciais de exposição, de um a sete dias. A armadilha utilizada nesta última etapa ofereceu a possibilidade de segregação das larvas que se alimentaram e abandonaram as carcaças, das que lá permaneceram ao final da exposição. No primeiro experimento foram capturadas 1.133 moscas adultas das famílias Calliphoridae (26,1%), Fanniidae (10,6%), Muscidae (37,4%) e Sarcophagidae (25,9%), que apresentaram um padrão de voo prioritariamente diurno (91,3%) e foram compostas principalmente por fêmeas (97,1%). Os califorídeos foram identificados ao nível específico, revelando a presença das espécies Chloroprocta idioidea (0,3%), Chrysomya albiceps (89,9%), C. megacephala (3,0%), C. putoria (1,0%) e Cochliomyia macellaria (5,7%). No segundo experimento, houve a presença de 1.123 larvas que dispersaram, pertencentes às famílias Calliphoridae (5,8%), Fanniidae (0,7%), Muscidae (5,1%) e Sarcophagidae (88,2%). Califorídeos dispersantes foram todos identificados como C. albiceps. As larvas colonizadoras que permaneceram nas carcaças se alimentando após o fim da exposição somaram 22.176 indivíduos, das famílias Calliphoridae (67,1%), Fanniidae (0,8%), Muscidae (10,0) e Sarcophagidae (22,1%). Três espécies de Calliphoridae colonizaram e permaneceram nas carcaças, Chrysomya albiceps (98,2%), C. putoria (0,6%) e C. macellaria (1,2%).