A representação de atores sociais e a produção de conhecimento : para quem são feitos os livros didáticos de língua inglesa do PROLINFO?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: TEIXEIRA, Ivana Siqueira
Orientador(a): GALLI, Joice Armani
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35549
Resumo: Esta pesquisa visa investigar o modo como a língua é concebida nos livros didáticos (LD) de Língua Inglesa (LI) do Programa de Línguas e Informática (PROLINFO), atentando para a relação desta concepção com o modo como os atores sociais são representados. Para tanto, iniciamos nosso trabalho buscando descrever os quatro volumes que compõem a coleção de LI do curso, considerando os parâmetros do Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas (QCERL) e sua relação com as cinco competências linguísticas: reading, listening, writing, speaking e intercultural. Partimos da hipótese de que o ensino de língua estrangeira (LE) é caracterizado por fazer parte de um espaço privilegiado em que questões de diversidade são amplamente contempladas, sendo a língua o primeiro indicador desse fato. Esta razão, portanto, é crucial na construção de uma representação de atores sociais que acomode as diversidades que compõem as distintas identidades e suas nuances. Nesse sentido, observamos, à luz da Teoria de Representação dos Atores sociais de Van Leeuwen (1997), o modo como estrangeiros, mulheres e negros foram representados ao longo dos quatro volumes, a fim de estabelecer uma conexão entre essas representações e a concepção de língua compartilhada pelo LD. Nosso embasamento teórico foi constituído com base nos estudos da Linguística Aplicada, considerando principalmente os escritos de Moita Lopes (1996), Celani (1998), Galli (2015) e Oliveira (2015); nos estudos acerca do LD em Bunzen (2005), Bunzen & Rojo (2005) e Kleiman (2013); na Análise Crítica do Discurso com Fairclough (2001), Van Dijk (2015), Resende & Ramalho (2014) e o já citado Van Leeuwen (1997). Após nossa análise, verificamos que, de modo geral, as representações dos atores socais em questão foram construídas de modo estereotipado, distanciando-se de uma perspectiva cuja premissa base é a diversidade. Esse fator, por sua vez, revelou uma concepção de língua homogênea e fechada e si mesma, desvinculada de seus aspectos culturais e ideológicos.