Fatores associados ao exercício da sexualidade de pessoas idosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: ALENCAR, Danielle Lopes de
Orientador(a): MARQUES, Ana Paula de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11074
Resumo: A sexualidade da pessoa idosa ainda é revestida de mitos e tabus que precisam ser desmitificados por meio de estratégias educativas, as quais podem ser intermediadas pelo enfermeiro, mediante a dialogicidade, favorecendo a construção de novos paradigmas sobre a sexualidade das pessoas mais velhas. A revisão integrativa da dissertação teve por objetivo analisar as evidências científicas que abordaram os fatores que interferiam na sexualidade dos idosos. A busca ocorreu nas bases de dados, MEDLINE, LILACS, CIDSAÚDE e BDENF, resultando em 15 artigos após a elegibilidade dos critérios de inclusão. Os estudos mostram que a cultura da assexualidade dos idosos, a viuvez, o padrão da beleza jovem, presença das doenças crônicas, uso de medicamentos e mudanças na fisiologia do indivíduo são fatores que interferem na sexualidade. O artigo original teve como objetivo analisar os fatores que interferem no exercício da sexualidade de pessoas idosas. Trata-se de estudo analítico, com corte transversal, realizado na Universidade Aberta à Terceira Idade da Universidade Federal de Pernambuco, no período de maio a junho de 2012, tendo por amostra 235 idosos inscritos nos cursos do primeiro semestre. A variável dependente: exercício da sexualidade foi investigada quanto à concepção, ao pensamento sobre sexo, ao que faz quando tem desejo por sexo, à atividade sexual e autoerotização. Dados sociodemográficos, condições de saúde e imagem corporal autopercebida corresponderam às independentes. Na análise estatística, foi utilizada a correlação binária pelo coeficiente de Spearman e Kendall e regressão linear generalizada na análise multivariada, adotando-se o valor de p≤0,05 como nível de significância para a rejeição da hipótese nula. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFPE de CAaE nº 01651112.5.0000.5208. Na amostra, predominaram as mulheres idosas (95,3%), com faixa etária de 60 a 69 anos (54%), idosos solteiros (36,6%), escolaridade ≥ 9 anos de estudo (64,7%), saúde autopercebida como boa (42,1%), hipertensão (61,3%) e diabetes (14,9 %) como as doenças mais prevalentes e prática do exercício físico (64,7%). A insatisfação na imagem corporal pelo excesso de peso foi a mais citada (53,6%). Na associação binária, as variáveis significativas, foram: faixa etária, anos de estudo, religião, prática de exercício físico e insatisfação com a imagem corporal. Na regressão linear, a concepção holística sobre sexualidade foi estatisticamente significante (p=0,012) com os idosos que tinham escolaridade ≥ 9 anos de estudo. Os idosos que praticam atividade física apresentam probabilidade menor de pensar sobre sexo e ter atividade sexual. Diversos fatores interferem no exercício da sexualidade do idoso, sejam sociais, culturais e fisiológicos, os quais devem ser considerados na promoção da educação sexual dos mais velhos, tendo por estratégia a educação em saúde, ferramenta básica na atuação do profissional de enfermagem.