Validação do diagnóstico de enfermagem Rede Social de Apoio Ineficaz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: FRANÇA, Michelline Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40638
Resumo: Rede social é o conjunto de seres com os quais a pessoa constitui relações significativas, que podem repercutir sobre sua vida positiva e/ou negativamente. A Enfermagem cuida do ser humano, família e comunidade. Assim, a problemática das interações nas redes interessa aos enfermeiros para assistência com qualidade, focada nas estratégias de educação em saúde. Este estudo objetiva validar o diagnóstico de enfermagem Rede social de apoio ineficaz. Estudo metodológico para validação de diagnóstico, no qual foram executadas três etapas: construção teórica; validação do conteúdo; validação clínica. Na primeira etapa, a Teoria de Médio Alcance Ineficácia da rede social de apoio, baseada no arcabouço teórico de Lopes, Silva e Herdman, possibilitou identificação e compreensão, numa perspectiva causal, de antecedentes e consequentes do diagnóstico, e elaboração das definições conceituais e operacionais. Os conceitos da teoria foram organizados conforme estrutura taxonômica NANDA-I e validados por 23 juízes com níveis de proficiência entre novato e expert, com análise do Índice de Validade de Conteúdo fundamentado na abordagem da sabedoria coletiva. A validação clínica ocorreu com 285 mulheres/nutrizes, e utilizou análise de classes latentes sensibilidade e especificidade dos indicadores clínicos, e modelagem hierárquica dos fatores etiológicos. Os preceitos da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde foram seguidos. A teoria apresentou fatores etiológicos e indicadores clínicos para ineficácia da rede social, vinculando situações referentes à própria pessoa, aos membros desta rede, à configuração desta rede, e situações externas. O pictograma representou simbolicamente a classificação hierárquica dos antecedentes proximais, intermediários e distais, e sua relação com os consequentes. Na validação do conteúdo diagnóstico, 27 fatores etiológicos e 19 indicadores clínicos, tiveram seu conteúdo validado. O título inicialmente proposto foi mantido, e a definição modificada conforme recomendações. Os juízes indicaram que o diagnóstico com foco no problema deve ser inserido no domínio 7 Papéis e relacionamentos, e classe 3 Desempenho de papéis, na taxonomia II da NANDA-I. Na etapa da validação clínica, os indicadores clínicos Atitudes de culpabilização, Preconceito, Apoio emocional diminuído, Apoio oferecido diferente do apoio esperado, Negligência às demandas de apoio, e Perda de confidencialidade tiveram sua validade atestada por níveis adequados de sensibilidade e especificidade. Os fatores etiológicos: Rede social de tamanho menor, Falta de reconhecimento do apoio oferecido; Desconfiança da competência do outro; Restrição da atuação de membros da rede social, e Falta de sociabilidade; a condição associada: Laços desfeitos; e a população em risco: Diferenças culturais, demonstraram-se como preditores do diagnóstico. A hipótese foi confirmada. A estrutura diagnóstica construída para elucidar o fenômeno de enfermagem a partir da Teoria de médio alcance Ineficácia da rede social de apoio teve seu conteúdo validado por juízes, e foi validada clinicamente em amostra de mulheres/nutrizes. Na taxonomia NANDA-I, o diagnóstico Rede social de apoio ineficaz contém seis características definidoras, três fatores relacionados, três condições associadas e uma população em risco. A validação seguiu parâmetros metodológicos adequados que propiciam sua inclusão na taxonomia NANDA-I e uso internacional por enfermeiros de diversas clínicas, direcionando ações de educação em saúde, a prática assistencial e de pesquisa.