Práticas da nutriz de apoio à amamentação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Costa, Leidiane Francis de Araújo
Orientador(a): Leal, Luciana Pedrosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12032
Resumo: Na assistência à família na promoção da amamentação, o profissional desenvolve ações embasadas na complexidade deste período na vida da nutriz. O apoio à mulher contribui para o estabelecimento e manutenção do aleitamento materno, sendo a própria nutriz a principal apoiadora de si mesma. Neste sentido, essa dissertação objetivou avaliar as práticas de apoio emocional, instrumental, informativo, presencial e autoapoio à amamentação, realizadas pelas nutrizes. É um estudo transversal, analítico, recorte do projeto de pesquisa “Rede social de apoio à mulher no contexto do aleitamento materno”. A coleta de dados ocorreu no distrito sanitário IV, município de Recife-PE, entre os meses de julho e setembro de 2012, por meio de entrevistas a 158 mulheres com vivência no aleitamento materno. Foi utilizado formulário validado que avaliou, entre outros, os tipos de apoios realizados pelas nutrizes à amamentação: emocional, instrumental, informativo, presencial e autoapoio. O processamento e análise foram realizados por meio do software SPSS versão 18.0. Como produtos dessa dissertação foram construídos dois artigos. O primeiro intitulado “Fatores associados à autoeficácia na amamentação: revisão integrativa”, que evidenciou fatores que influenciam a autoeficácia da nutriz em amamentar positivamente (experiência prévia da mulher na amamentação, intenção ou planejamento para amamentar, ser mais velha e ter acesso a atividades educativas) e negativamente (o uso de suplemento de fórmulas lácteas e a percepção pelas nutrizes dos problemas da amamentação). O segundo é o artigo original que avaliou a associação das práticas de apoio emocional, instrumental, informativo, presencial e autoapoio à amamentação, realizadas pela nutriz, com o aleitamento materno exclusivo (AME) até o sexto mês. Na comparação da distribuição dos escores dos tipos de apoios entre as nutrizes que amamentaram exclusivamente até o sexto mês com aquelas que não amamentaram foi utilizado o teste de Mann Whitney. As médias dos escores foram significantemente maiores no grupo que amamentou exclusivamente nos apoios presencial (p<0,01) e autoapoio (p=0,01). A análise multivariada foi realizada a partir de um modelo hierárquico, utilizando a regressão de Poisson com variância robusta para estimar a razão de prevalência em função de variáveis: socioeconômicas, maternas, de assistência à saúde e os apoios realizados pela própria nutriz. As práticas de apoio não se associaram significantemente ao AME. Apenas a experiência pregressa em amamentar permaneceu como variável associada ao AME no modelo final (p=0,01). As ações de apoio desenvolvidas pelas nutrizes direcionadas para si mesmas não contribuíram com o AME até o sexto mês de vida do lactente. A nutriz deve ser reconhecida e se reconhecer como protagonista e principal sujeito apoiador da prática da amamentação.