Currículo e avaliação de larga escala: performatividade e autonomia docente na Rede Estadual do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Rodrigo Mendonça dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15407
Resumo: O presente estudo tem como objetos as políticas curriculares e de avaliação externa do Estado do Rio de Janeiro, buscando identificar como operam de maneira regulatória sobre a autonomia dos professores da rede estadual. Metodologia e conteúdo: Essa dissertação se apoia no conceito de performatividade e na concepção das tecnologias de políticas defendidas por Stephen Ball (2003, 2004). Stephen Ball defende que os setores públicos estão em um processo de transformação em que passam a funcionar a partir da lógica, da ética e da moral do mercado. Nesse processo, o Estado passa a regular à distância esses setores, através do estabelecimento de metas e resultados a serem alcançados, ao mesmo tempo em que se insere profundamente nessas instituições e nas subjetividades dos seus trabalhadores. Na educação, a cultura da performatividade tem se traduzido em políticas curriculares e de avaliação em larga escala que buscam cada vez mais regular o ambiente escolar, principalmente através da regulação do trabalho dos professores. Dessa forma, apoiados também na concepção de currículo como construção social, de Ivor Goodson (2011), utilizamos a autonomia docente como chave para entender como o currículo e avaliação externa da rede estadual do Rio de Janeiro regulam a autonomia dos professores de Ciências e Biologia. Com esse intuito, analisou-se o Currículo Mínimo da rede estadual e as Matrizes de Referência, que servem de base para a produção das avaliações. Conclusão: A análise dos documentos nos permitiu concluir que o currículo e a avaliação externa na rede estadual do Rio de Janeiro regulam a autonomia de professores pela subalternização, responsabilização, precarização e controle pedagógico dos docentes da educação básica. Em contrapartida, argumentamos que uma forma de promover práticas curriculares centradas na autonomia é a valorização da profissão docente