Lideranças femininas e feministas : um estudo sobre a participação de jovens mulheres no movimento hip hop

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Samico, Shirley de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12124
Resumo: Este trabalho foi desenvolvido a partir do interesse em identificar lideranças femininas/feministas para evidenciar suas formas de organização e articulação que pautem as demandas das mulheres do movimento hip hop da cidade de Recife. Trata-se de um movimento social que surgiu nos EUA com o objetivo de reduzir a violência e denunciar as desigualdades sociais. Tem seu corpus exercido no campo da arte através de cinco (5) elementos artísticos: break (dança), grafite (arte), discotecagem (ritmos eletrônicos-Dj), rap (música-Mc) e o que eles denominam de quinto elemento: o conhecimento, elemento que intersecta todos os outros. É um espaço hegemonicamente masculino em que a reprodução da cultura machista expressa uma contradição com os princípios assumidos pelo próprio movimento: igualdade, paz, união e justiça. Nesse sentido, ao refletir sobre as desigualdades de gênero, pontua-se a ação das lideranças no que colabora para a emersão de uma identidade coletiva e politica (PRADO, 2002) que criem questionamentos às desigualdades de gênero nesse espaço. As analises são realizadas a partir do exercício etnográfico, utilizando-se como principais ferramentas metodológicas a observação participante e conversas informais nos eventos realizados por esse movimento. Essas compreensões são pautadas a partir de uma discussão que valoriza a pluralidade de discursos dos e das jovens, bem como a prevalência de discursos hegemônicos em detrimento dos subalternos que estão presentes a partir de aparelhos ideológicos (COMAROFF & COMAROFF, 2010). Essa relação nos permite descrever similaridades vivenciadas pelas mulheres no espaço público em geral. Tais configurações também são refletidas a partir reflexões acerca de subjetividades e agência (MOORE, 2002; ORTNER, 2007). Fato que dimensiona possibilidades e estratégias de resistências aos códigos hegemônicos e machistas. A partir desses percursos, as considerações sugerem que as jovens mulheres vêm desenvolvendo agenciamentos e provocando transformações. No entanto, suas ações ainda encontram-se isoladas (entre as mulheres). Os espaços de transformações na relação com os homens ainda são pontuais e perpassados por várias limitações.