Mesozooplâncton da plataforma continental de Salvador, Bahia (Brasil), com ênfase em Copepoda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CONCEIÇÃO, Laura Rodrigues da
Orientador(a): LEITÃO, Sigrid Neumann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23742
Resumo: Estudos voltados para a dinâmica sazonal e comportamental do zooplâncton em regiões tropicais ainda são escassos. Inserido nesse contexto, a presente dissertação (integrante do INCT Ambitropic) teve como objetivo identificar a composição da comunidade zooplanctônica, enfatizando a classe Copepoda, ao longo de uma transeção perpendicular à plataforma continental de Salvador; bem como descrever e compreender a distribuição espacial e temporal do zooplâncton (a partir da densidade, abundância e diversidade), analisando a influência da estrutura oceanográfica e meteorológica sobre essa distribuição. A transeção foi composta por quatro estações (BA1, BA2, BA3 e BA4) com coletas de água e zooplâncton realizadas entre abril de 2013 e outubro de 2014, totalizando dez campanhas. Amostras de plâncton foram coletadas a partir de arrastos horizontais com rede padrão cônica para plâncton (malha 300 µm e diâmetro de boca 60 cm), com duração de cinco minutos e fluxômetro acoplado à boca da rede. Os dados de precipitação pluviométrica foram obtidos através do banco de dados do INMET. Amostras de água foram coletadas para obtenção de dados abióticos (oxigênio dissolvido, nitrato e fósforo total). O zooplâncton apresentou um total de 131 táxons, representando o holoplâncton 94,5% da comunidade e o meroplâncton 5,5%. Ocorreram representantes dos filos Protozoa, Cnidaria, Platyhelminthes, Mollusca, Sinpucula, Crustacea, Bryozoa, Chaetognatha, Echinodermata e Chordata. Dentre os grupos identificados, Copepoda predominou em 68% com um total de 65 táxons, sendo a comunidade dominada por Farranula gracilis (13%), Paracalanus sp. (12%), Clausocalanus sp. (11%), Onchocorycaeus latus (11%) e Temora turbinata (10%). Com exceção da transparência todas as variáveis abióticas registraram variabilidade temporal. A diversidade (H’< 1bits.ind-1) e a equitabilidade (J’<0.5) de Copepoda foram considerada muito baixa. A densidade de Copepoda foi baixa com média geral de 180.46±175.05 org.m-³, variando de 29.95 org.m³ a 427.98 org.m³. A densidade registrou um gradiente orientado no sentido costa-oceano ao contrário da diversidade que não registrou um gradiente além de ter sido muito baixa. A Análise de Redundância mostrou uma clara separação entre as estações e campanhas de amostragem em função do gradiente oceanográfico gerado pelas variáveis abióticas, bem como pela composição e densidade da assembleia de Copepoda. A precipitação, apesar de ter apresentado um padrão atípico, influenciou tanto o padrão das variáveis abióticas quanto a comunidade. Em conjunto, os resultados mostraram que a composição e densidade de Copepoda foi influenciada pela estrutura oceanográfica da massa de Água Tropical.