Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
VENTURA, Leonardo Carneiro |
Orientador(a): |
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Historia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42008
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Resumo: |
Este trabalho trata da emergência de um dispositivo arquivístico sonoro pensado para reter o que seriam as dimensões sonora e musical da região Nordeste. Entrecruzando práticas discursivas oriundas do campo da imprensa, da literatura, dos estudos do folclore, da música, da poesia, ele investiga os fios de som acionados por determinados agentes na elaboração do que seria uma sonoridade e uma musicalidade nordestinas. Para tanto, propõe as noções de regime de audibilidade e cartografia auditiva. A primeira funciona para nomear o conjunto de imagens sonoras associadas, desde as primeiras décadas do século XX, ao espaço imaginado do Nordeste, assim como suas condições históricas de surgimento. A segunda cuida de identificar nas obras – acadêmica, literária, musical – de determinados autores, autoras e artistas, os traços de sonoridade e de musicalidade que operam para constituir o Nordeste enquanto território sonorizado, musicado. Este trabalho busca pensar a elaboração de um arquivo sonoro para o espaço nordestino, enquanto produto do enfrentamento do tempo, em especial, do advento da modernidade, por determinados grupos atuantes na sociedade brasileira naquele período. Leva em conta os movimentos aglutinantes de pessoas e ideias como o Regionalismo Tradicionalista, o Modernismo, ambos da década de 1920, além do Movimento Folclórico, de final da década de 1940. Segue o entrelaçamento de suas linhas até o surgimento de uma indústria fonográfica, com polos de produção nas cidades do Rio de Janeiro e Recife, além de perseguir outras práticas sonoras que contribuíram para cristalizar a ideia de uma música e um som do Nordeste, enquanto, ao mesmo tempo, excluía dela os corpos dos cantadores e cantadoras que, em primeiro lugar, os inspiraram. |