As práticas pedagógicas das escolas do campo: a escola na vida e a vida como escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: do Socorro Silva, Maria
Orientador(a): Eliete Santiago, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3710
Resumo: No presente trabalho tratamos das práticas pedagógicas que se desenvolvem nas Escolas do Campo e que se filiam ao discurso político, pedagógico e epistemológico da Educação do Campo, posto em circulação por diferentes organizações sociais, principalmente a partir dos anos de 1990 no Brasil. Analisamos as semelhanças e as singularidades nas propostas e práticas pedagógicas dessas escolas, identificando as contribuições para a organização do trabalho pedagógico escolar no campo. Prática Pedagógica, como ação coletiva organizada e institucional conformada pelas práticas docente, discente e epistemológica (Souza, 2001, 2009); Educação Popular, teoria e prática da educação que toma a realidade social como conteúdo pedagógico e finalidade de emancipação humana e da transformação das relações assimétricas existentes na sociedade Calado (2000); Freire (1978, 1996, 2008); Paludo (2001, 2009); Rosas (2008); Souza (1999, 2000); e a Educação do Campo enquanto concepção e prática político-pedagógica, fundamentada na realidade social dos sujeitos do campo e na produção de sua existência social na relação com o meio ambiente Arroyo (2004); Caldart (2000); Gimonet (2007); Moura (2003); Reis (2004), foram as categorias analíticas centrais dessa pesquisa. A abordagem dialética orientou o processo investigativo para três procedimentos de coleta e produção de dados: o estudo exploratório, a pesquisa documental e o estudo etnográfico. A heterogeneidade do Movimento da Educação do Campo definiu os lugares institucionais, o tempo e o ritmo da pesquisa. Os resultados evidenciaram que o Movimento da Educação do Campo se configura como uma rede plural, cuja dinâmica dá visibilidade a um novo jeito de fazer a Escola do Campo. Além disso, que os traços de semelhanças das propostas partem da matriz da Educação Popular e do Itinerário Pedagógico e que as singularidades são tecidas nos contextos sociais e políticos, nas relações equipe educativa-comunidade, conforme características das redes a que se vinculam. Apesar da precariedade das condições materiais das escolas, o trabalho docente e a interação com a comunidade redimensionam os espaços educativos, o tempo curricular e o trabalho docente, extrapolando o espaço da sala de aula e reinventando a Escola do Campo