Estudo osteoarqueológico das remodelações articulares nos adultos jovens inumados no Cemitério Pré-histórico da Furna do Estrago, Brejo da Madre de Deus, PE.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Arqueologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18458 |
Resumo: | A produção de conhecimento científico na área de Bioarqueologia no Nordeste brasileiro ainda tem se mostrado escassa, apesar dos avanços que a disciplina tem provado e da quantidade de sítios com remanescentes humanos que tem sido alvo de estudos por parte da Arqueologia. A Furna do Estrago, sítio com presença de grafismos rupestres e deposição funerária no Agreste do Estado de Pernambuco, forneceu rico material arqueológico e tem sido alvo de pesquisas em diversas áreas da Arqueologia (Arqueobotânica, Zooarqueologia, Antropologia Física, Bioarqueologia) desde sua primeira campanha de escavação, em 1982. O material ósseo proveniente do sítio supracitado, objeto desta pesquisa, apresenta bom estado de conservação e múltiplas variáveis dignas de estudo. Esta pesquisa tem como foco as remodelações ósseas características da osteoartrite nos adultos jovens – com idade entre 20 e 34 anos – que foram inumados no sítio Furna do Estrago, utilizando os métodos e técnicas da Bioarqueologia, Paleopatologia e Antropologia Física. A osteoartrite é uma doença das articulações que afeta principalmente pessoas com idade avançada, mas pode ser causada também por fatores como estresse mecânico e consanguinidade. A partir da análise macroscópica das remodelações patológicas em 16 indivíduos, dentre os quais 4 femininos e 12 masculinos, foram identificados sinais de osteoartrite nas superfícies articulares em 13 (≈81%) indivíduos. A hipótese inicial de que a osteoartrite teria como fator principal a sobrecarga mecânica a que os esqueletos eram expostos não foi completamente descartada. Contudo, a causa possível para a presença de osteoartrite nos indivíduos jovens do grupo parece estar ligada à consanguinidade presente no grupo. Este estudo contribui para a caracterização de instâncias do perfil funerário de uma população pré-histórica do Agreste pernambucano, representadas pelas doenças articulares – osteoartrite –, indicando estresses associados ao tipo de mobilidade e demanda corporal possivelmente relacionada aos modos de interação social, subsistência e adaptação ambiental específicas. |