A morfologia de cânions submarinos e sua possível influência na dinâmica de submesoescala ao longo da Costa Nordeste do Brasil
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Oceanografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45795 |
Resumo: | Cânions submarinos são importantes feições no contexto morfológico e oceanográfico. Assim, o objetivo dessa tese é analisar o comportamento de massas de água fria sobre a plataforma e sua borda ao longo da costa nordeste do Brasil pela presença de cânions submarinos. Além disso, estudos de cânions vêm ganhando destaque junto com iniciativas para promover o desenvolvimento sustentável na Década Oceânica. O capítulo I mostra que os cânions são responsáveis pela variabilidade de temperatura e salinidade, transporte de sedimentos, nutrientes e poluentes, sendo considerados ainda hotspots de biodiversidade. O capítulo II apresenta um panorama dos estudos de cânions e sua ligação com a Década Oceânica para a América do Sul, com o resgate de 160 estudos para análise espaço-temporal, construindo uma linha temporal com os avanços, lacunas e previsões para o futuro dos estudos de cânions de acordo com os resultados da Década. Nesse contexto, a mudança de conhecimento sobre estudos de cânions reforça a capacidade da ciência oceânica de fornecer dados e informações necessárias, conhecimento e compreensão abrangentes do oceano, incluindo as interações humanas, e desenvolvimento de soluções homem-oceano. O capítulo III, aborda a interação fluxo-topografia entre a Subcorrente Norte do Brasil (NBUC) e os cânions cegos do Platô de Pernambuco localizados no Atlântico Tropical Sudoeste (SWTA), investigando o potencial de soerguimento de massas d’água durante a primavera e outono. Dados de CTD, reanálise do GLORYS12V1, batimetria e números adimensionais de Rossby e Burger foram usados para caracterizar o comportamento dinâmico. Foi observado uma variação sazonal da intrusão de massas d'água em dois vales de plataforma com uma diferença de temperatura de 2,5°C entre águas superficiais e profundas durante a primavera. Além de uma estrutura de temperatura escalonada em ambas as estações, indicando instabilidade abaixo da profundidade da camada de mistura e números adimensionais maiores durante o outono nos vales de plataforma. Nossa hipótese é que os vales da plataforma conduzem a água soerguida do talude em direção à costa. Para os cânions cegos, a reanálise revelou a presença de um redemoinho anticiclônico profundo e os números adimensionais indicam equilíbrio geostrófico fraco na borda do cânion e instabilidade da escala de comprimento horizontal da força do gradiente de pressão. Embora seja verdade que as águas costeiras e da plataforma do nordeste do Brasil sejam predominantemente oligotróficas na superfície, nossa observação de soerguimento subsuperficial raso (<60 m) deve ser considerada em trabalhos futuros no SWTA. |