Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
AMORIM, Liliane Barbosa |
Orientador(a): |
AYRES, Constância Flávia Junqueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11831
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Resumo: |
Culex quinquefasciatus é vetor de muitos agentes etiológicos de doenças humanas, incluindo Wuchereria bancrofti, o parasita que causa a filariose linfática, uma doença endêmica no Estado de Pernambuco (PE), Brasil. A elevada densidade deste mosquito pode causar problemas secundários que têm impacto na saúde e qualidade de vida das pessoas expostas; por isso, o controle desta espécie é importante. O objetivo do trabalho foi identificar se existem e quais são os mecanismos de resistência a inseticidas químicos e a diversidade genética de populações naturais de Culex quinquefasciatus coletadas em PE. As avaliações foram feitas por meio de bioensaios, ensaios bioquímicos para mensurar a atividade das enzimas de detoxificação e ensaios moleculares para estimar a frequência da mutação presente no gene da acetilcolinesterase (ace-1), associada à resistência a organofosforados (OPs) e carbamatos (CMs). A diversidade genética das populações foi avaliada utilizando 16 marcadores microssatélites. Ovos de Culex foram coletados em seis municípios de PE: Olinda (Peixinhos e Alto da Conquista), Recife (Água Fria), Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Glória do Goitá e Santa Cruz do Capibaribe. Os resultados mostraram que apenas a população proveniente de Santa Cruz do Capibaribe (SC) apresentou alteração na susceptibilidade (RR = 7,2 vezes), com nível de resistência moderado ao temephos, enquanto as outras populações analisadas não mostraram alteração na susceptibilidade ao inseticida. Quanto aos testes bioquímicos, apenas em SC foi observado um aumento na atividade de todas as esterases estudadas e indícios de insensibilidade da acetilcolinesterase. A frequência da mutação G119S no alelo de resistência ace-1 (G119S) foi de 0,11 em SC e zero nas outras populações. O número de alelos por locus variou entre 2 e 15. Alguns desses alelos foram exclusivos de algumas localidades. O percentual de variabilidade genética encontrado foi maior dentro das populações do que entre as populações e os resultados indicam excesso de heterozigotos. Estes dados mostram que embora não haja programas nacionais para o controle de Culex, esta espécie apresenta mecanismos de resistência que estão sendo mantidos em populações naturais como um resultado da exposição acidental ao inseticida, o que poderia prejudicar as ações de controle que podem ser implantadas no futuro. |