Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Cisne Álvaro, Mirla |
Orientador(a): |
Régia Fernandes Gehlen, Vitória |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9916
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Resumo: |
A marca da feminização no Serviço Social acompanha a profissão desde a sua gênese. Todavia, ela não se desenvolve espontaneamente e possui determinações histórico-concretas fundadas em uma cultura de subordinação das mulheres, com nítidos interesses de classe. Este fato pode ser percebido por meio da responsabilização das mesmas pela reprodução social, reforçando a naturalização de papéis conservadores de gênero. Nesta perspectiva, faz-se necessário apreender criticamente as formas de construção das relações entre gênero e Serviço Social na sociedade capitalista. Parte-se, então, da premissa que a feminização de determinados papéis, atividades e profissões faz parte de estratégias de produção e reprodução do capital voltadas para a desqualificação da força de trabalho, neste caso especifico, da mulher. A busca por desvelar a essência destes fenômenos impõe, necessariamente, a utilização da matriz teórico-metodológica marxista. Para tanto, procura-se compreender as categorias gênero e divisão sexual do trabalho na dinâmica das relações sociais, políticas e econômicas, de modo a contribuir para o alcance de subsídios concretos para a análise das relações de gênero na categoria profissional, bem como no seu público usuário. As dificuldades para que a categoria profissional perceba, resista e conseqüentemente se oponha às implicações do conservadorismo de gênero na profissão limitam o processo de renovação e valorização do Serviço Social e, também, a afirmação de seu compromisso com segmentos oprimidos e explorados da sociedade. Dentre estes segmentos, destacam-se as mulheres, que sofrem atualmente, dentre outras refrações da questão social , a chamada feminização da pobreza , fruto de desigualdades e subalternidades sofridas na sociedade. Portanto, é fundamental analisar as concepções de gênero das Assistentes Sociais, tendo em vista a persistência do conservadorismo na cultura profissional. A delimitação desta pesquisa encontra-se na Assistência Social, por ser uma área privilegiada para análise das relações de gênero, à medida que a constituição do seu público usuário e profissional é majoritariamente feminina |