Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
BANDEIRA, Ana Paula Bornhausen da Silva |
Orientador(a): |
PEREIRA JUNIOR, Alfredo Eurico Vizeu |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35628
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Resumo: |
O aumento da população feminina na imprensa brasileira e portuguesa, a exemplo do que ocorre em outros países ocidentais, é uma tendência que vem ocorrendo progressivamente desde a década de 1970. Trata-se de um fenômeno estreitamente associado a processos sociais como (1) o maior acesso à educação, (2) a integração no mundo do trabalho e (3) a conquista de direitos de cidadania por parte das mulheres. A partir desse panorama, o objetivo desta pesquisa é compreender o contexto e algumas das principais implicações que o aumento da população feminina no jornalismo e sua recente chegada às chefias intermediárias trazem às práticas e rotinas dentro das redações, com base em uma perspectiva comparativa entre Brasil e Portugal. Para alcançar o objetivo desta pesquisa, mapeamos fluxos da trajetória histórica das mulheres no mundo do trabalho e no jornalismo em particular, evidenciando o perfil de mulheres jornalistas, a relação entre elas e o mercado de trabalho jornalístico e os efeitos do agir feminino na dinâmica do trabalho nas redações. Norteada pelas perspectivas teóricas do jornalismo, do gênero e do mundo do trabalho, esta investigação usa de uma estratégia metodológica que é, ao mesmo tempo, (1) um olhar para a história do jornalismo, por meio de uma plural revisão bibliográfica – no sentido de dar conta da entrada da mulher na profissão e das condições em que isso ocorreu –, além do (2) mapeamento do estado da arte da questão. Desta forma, este estudo realizou observações do ambiente de trabalho e entrevistas individuais em profundidade direcionadas a mulheres e homens jornalistas. À luz das percepções dos profissionais brasileiros e portugueses entrevistados, atentamos para as condições e ambiente de trabalho, articulação com a vida familiar, entre outras dimensões. Os dados foram analisados com o intuito de trazer uma compreensão do momento atual pelo qual a profissão passa enquanto prática social. Um dos aspectos que emergiram da análise dos dados foi o fato de ser comum entre os profissionais a visão de que no mercado jornalístico há igualdade de gênero. No entanto, adotar gênero como uma categoria de análise no jornalismo nos revelou, fortemente, as distintas relações que mulheres e homens empreendem entre o âmbito pessoal (especialmente a maternidade/paternidade) e o profissional, tanto no Brasil quanto em Portugal. |