As multifaces do patriarcado : uma análise das relações de gênero nas famílias homoafetivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pereira de Almeida, Janaiky
Orientador(a): Salazar Uchôa, Roberta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9412
Resumo: A dissertação, que apresentamos, tem como objetivo proporcionar reflexões sobre a forma como o patriarcado se expressa para além da relação de dominação-exploração do homem sobre a mulher, desvendando como este sistema permeia a organização familiar homoafetiva. A partir do entendimento de que o patriarcado é um sistema estruturador das relações de gênero na sociedade atual, buscamos analisar em que aspectos as famílias homoafetivas reproduzem os modelos vivenciados na família burguesa heterossexual. Sobre este objetivo nossa pesquisa se configurou de natureza qualitativa e foi efetivada por meio da realização de entrevistas com famílias homoafetivas, compostas tanto por mulheres como por homens, residentes na região metropolitana de Recife, Estado de Pernambuco. Para orientar nossa análise acerca das relações patriarcais de gênero elegemos alguns elementos primordiais a serem observados no percurso das entrevistas, sendo eles: a divisão das atividades domésticas no interior da organização familiar, a monogamia e a interlocução entre projeto individual e projeto coletivo. Com a realização da pesquisa foi possível observar que há uma reprodução das relações patriarcais de gênero no interior desta organização. Isto se reflete tanto pelo fato da busca por uma legitimidade na sociedade, quando pelo aspecto de que a família homoafetiva mesmo rompendo com o padrão da heterossexualidade compulsória está inserida na sociedade patriarcal e capitalista, portanto reflete os parâmetros de relações legitimados pela mesma