Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
MENDONÇA, Keyla Mary Cavalheiro |
Orientador(a): |
ANTÔNIO FILHO, João,
SANTOS, Luiz Antônio Pereira dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/20275
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Resumo: |
A radioiodoterapia (RIT) para hipertireoidismo é feita ambulatorialmente há cerca de 70 anos, com poucas restrições quanto à segurança radiológica dos familiares de convívio domiciliar. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar o impacto radiológico da RIT para hipertireoidismo por meio de levantamento das exposições no ambiente domiciliar destes pacientes nos primeiros seis dias pós-tratamento, para servir como um parâmetro real na tomada de decisões relacionadas com a conduta terapêutica e estabelecimento de novas recomendações práticas e seguras desta terapia. Dosímetros termoluminescentes TLD-100 foram colocados nos acompanhantes e nos ambientes domiciliares de 25 pacientes hipertireóideos tratados com atividades de 555 MBq (n=9), 740 MBq (n=7) e 1110 MBq (n=9). Além disso, foram verificadas as contaminações superficiais de objetos e materiais desses pacientes. As doses efetivas obtidas por meio dos TLDs-100 foram de 0,9 mSv, 0,6 mSv e 0,2 mSv, para atividades administradas de 555 MBq, 740 MBq e 1110 MBq, respectivamente. Os valores médios de equivalente de dose ambiental dos locais mais frequentados dos pacientes, como quarto, cozinha, banheiro e sala foram de: 2,11; 0,15; 0,20 e 0,44 mSv, respectivamente. A monitoração de objetos e materiais de âmbito domiciliar para cada grupo de atividade 555, 740 e 1110 MBq variaram de valores indetectáveis até próximos a 150 Bq.cm-2. No Brasil, a norma 3.05 da Comissão Nacional de Energia Nuclear estabelece que pacientes tratados com 131I possam realizar terapia com atividades até 1850 MBq, em regime ambulatorial, sem nenhuma restrição de isolamento. Além disso, a norma 3.01da Comissão nacional de energia Nuclear estabelece os limites de dose efetiva para indivíduos do público e acompanhantes/voluntários, como sendo de 1 mSv e 5 mSv por ano, respectivamente. Comparando a população estudada com a norma vigente, apenas duas acompanhantes de pacientes ultrapassaram o limite estabelecido. Pressupõe-se que o contato físico próximo e constante delas aos pacientes, em consequência da exiguidade do espaço domiciliar, resultou nessas doses efetivas. Conclui-se que o tratamento do hipertireoidismo em regime ambulatorial com atividades de até 1.110 MBq, foi realizado de forma segura e forneceu informações úteis sobre a proteção e exposição dos familiares e acompanhantes de pacientes. |