Sobre adriças e cabrestos : o Kola San Jon de Cova da Moura e as formas resilientes da tradição na diáspora africana em Lisboa-Portugal
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38014 |
Resumo: | A partir de 1970, as migrações transnacionais globais se tornam um dos maiores desafios para os estudos antropológicos contemporâneos. Em Portugal, as ondas de imigrantes laborais provenientes das então colônias africanas foram intensificadas desde os anos 1960 e tiveram continuidade sob condições de segregação nas áreas da habitação, educação, direitos trabalhistas, políticos e cívicos, representatividade e racismo. A partir da década de 1990, a situação provoca um fenômeno associativo imigrante na área metropolitana de Lisboa, cuja mobilização gera uma diversidade de estratégias de resistência, entre estas, o uso político e pedagógico das práticas culturais tradicionais dos imigrantes africanos. Através de uma imersão etnográfica apreendemos uma complexa malha de trajetórias, vivências e narrativas individuais e coletivas de pessoas e atores sociais comprometidos com o princípio decolonial da anulação dos preconceitos por meio da convivência social, da música e da dança, bem como, através da construção do lugar. O principal objetivo desta Tese consiste em oferecer um campo analítico para compreender como as festas de Kola San Jon de Cova da Moura, correlacionadas com as agendas da ACMJ e a ação individual de moradores, pesquisadores e voluntários, privilegiam as formas resilientes das tradições cabo-verdianas, enquanto as usuais controvérsias em torno dos conteúdos ocorrem. O reconhecimento da festividade de matriz cabo-verdiana como patrimônio cultural imaterial em Portugal continua suscitando questões, as quais procuramos responder ao longo deste trabalho. |