Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SOUSA, Mariana Séfora Bezerra |
Orientador(a): |
SANTOS, Ângela Amâncio dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30364
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Resumo: |
A depressão alastrante cortical (DAC) se caracteriza por uma diminuição propagável da atividade eletrica do cortex cerebral e esta associada ao estresse oxidativo. Varias condições podem levar ao aumento da produção de radicais livres, como o envelhecimento e a sepse, e assim, alterar a DAC. O murici (Byrsonima crassifólia (L.) Kunth) e um fruto rico em compostos antioxidantes e, portanto, pode apresentar efeito neuroprotetor. O objetivo desse trabalho foi Investigar o efeito do extrato do murici sobre a velocidade de propagação da DAC e o estresse oxidativo no córtex cerebral de ratos adultos, idosos e sépticos. O extrato do murici foi obtido por trituração dos frutos liofilizados em acetona, seguida de agitação magnética, eliminação do solvente em rotaevaporador e reconstituição em solução de carboximetilcelulose 0,5% e oleo de soja 10%. O protocolo experimental in vivo foi dividido em dois experimentos. No experimento 1, animais adultos (90-120 dias; n = 30) e idosos (600-700 dias; n = 28) foram suplementados com extrato de murici (150 mg/kg/dia ou 300 mg/kg/dia), por quinze dias, de forma orogastrica. Apos o período de suplementação, os animais foram submetidos ao registro eletrofisiológico da DAC e a avaliação do estresse oxidativo cerebral. No experimento 2, animais adultos (90-120 dias; n = 40) foram suplementados previamente com extrato de murici ou solução veiculo de forma semelhante ao experimento anterior. Porem, apos o período de suplementação, os animais foram, primeiramente, submetidos a sepse experimental por ligadura e perfuração cecal (CLP) e, em seguida, ao registro eletrofisiológico da DAC e a avaliacao do estresse oxidativo cerebral. Os dados foram avaliados estatisticamente por meio da analise de variância (ANOVA), seguida do teste Holm Sidak, com nível de significância de 5%. Todos os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais. No primeiro experimento, nossos resultados mostraram que o extrato do murici na dose mais alta (300 mg/kg/dia) acelerou a velocidade da DAC, enquanto que a mais baixa (150 mg/kg/dia) desacelerou a propagação da DAC, tanto nos animais adultos, quanto nos idosos. Na condição adulto, as concentrações de malondialdeido (MDA) foram maiores no grupo suplementado com 300 mg/kg/dia. O envelhecimento aumentou as concentrações de MDA e reduziu a atividade da catalase no córtex cerebral dos ratos. Por outro lado, os animais idosos suplementados com extrato de murici, em ambas as doses, apresentaram níveis mais baixos de MDA quando comparados ao seu controle. No segundo experimento, a sepse reduziu a velocidade da DAC e aumentou os níveis de MDA no cortex cerebral dos animais. Contudo, os ratos sépticos previamente suplementados com extrato de murici apresentaram velocidades de propagação da DAC mais altas e menor estresse oxidativo, independentemente da dose testada. Esses resultados reforçam os achados de que o envelhecimento e a sepse levam ao estresse oxidativo, retardando a propagação da DAC. Por outro lado, o extrato de murici, em ambas as doses, e capaz de atenuar o dano oxidativo em ratos idosos e sépticos e, dessa forma, modular a DAC. |