Uso do biomonitoramento da qualidade do ar como ferramenta para o ensino e educação ambiental
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52185 |
Resumo: | O biomonitoramento com uso de liquens permite a aplicação de técnicas que possibilitem um diagnóstico da qualidade ambiental dos centros urbanos. Visto a facilidade de aplicação, permite seu uso como ferramenta de ensino. Neste sentido, objetivou-se realizar o uso do biomonitoramento como diagnóstico da qualidade do ar na Praça Faria Neves, Recife, Pernambuco, a partir da técnica de determinação do Índice de Pureza Atmosférica (IPA) como ferramenta para promoção da Educação Ambiental (EA) com alunos do Ensino Fundamental II e Médio. Para a aplicação do estudo foi selecionada a praça Farias Neves, localizada no bairro de Dois Irmãos, zona Norte do Recife. Foram selecionados 12 alunos para participarem das oficinas de formação de conhecimento. Realizaram-se oito encontros teóricos onde foram abordados temas e conceitos geográficos como lugar, paisagem, espaço geográfico, espaços verdes urbanos, poluição atmosférica, degradação ambiental, percepção, educação e monitoramento ambiental, biomonitoramento e uso de liquens como biomonitores, além de treinamento dos métodos realizado próximo à escola, auxiliando no entendimento e na aplicação do IPA, aplicado posteriormente na praça Faria Neves. Para a execução da parte prática foram realizados 6 encontros na área de estudo e se fez inicialmente o mapeamento de ausência e presença de liquens em forófitos existentes na Praça. Em seguida, foi realizada a aplicação da técnica do IPA observando o número de espécies presentes nos quadrantes da malha fixada nas árvores e o percentual de frequência liquênica, levando-se em consideração fatores climáticos, umidade do ar, luminosidade e direção dos ventos. Após a realização da parte prática, os alunos junto ao pesquisador analisaram, trataram e discutiram os resultados para a elaboração da apresentação na escola do Projeto Pesquisa e Ciência. Posteriormente foi realizada a coleta do material liquênico utilizando borrifador, faca e martelo, que foi identificado usando microscópio e lupa estereoscópica. No mapeamento de presença e ausência de liquens, foram contabilizadas 81 árvores, dessas 70 com liquens. Nesses forófitos foi possível observar maior existência de liquens crostosos e foliosos, talos mais resistentes aos poluentes atmosféricos. Os resultados de IPA foram classificados em muito baixo (0,1 – 3,1), baixo (3,1 – 6,1), médio (6,1 – 9,2) e alto (9,2 – 12,2). A partir dos dados obtidos, verificou-se que aproximadamente 90,31% da praça apresentam-se no nível muito baixo e baixo do IPA. Este resultado pode estar atrelado ao intenso fluxo veicular na via em que a praça está localizada, além de seus arredores servirem como estacionamento, possibilitando maior emissão de poluentes nessa área. As características das cascas das árvores podem também influenciar nos resultados, servindo como habitats propícios ao desenvolvimento dos liquens. Na exposição dos resultados do projeto, foi possível observar que os estudantes identificaram os fatores que podem contribuir para a degradação da qualidade do ar e desenvolvimento dos liquens, bem como a compreensão da aplicação da técnica do IPA possibilitando a análise do ambiente que estão inseridos, resultando na conscientização sobre a importância e a conservação desses espaços, por meio da educação ambiental. |