Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SILVA JÚNIOR, João Bosco da |
Orientador(a): |
OLIVEIRA, Antônio Fernando Morais de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46148
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de alguns dos parâmetros climáticos no teor de óleo e no perfil de ácidos graxos de Tarenaya longicarpa (Cleomaceae) e Cynophalla flexuosa (Capparaceae), com ampla distribuição geográfica. O teor de óleo de sementes de T. longicarpa variou de 15,4% a 42,9% entre as localidades de Recife (Floresta Atlântica), Caruaru (Agreste) e Serra Talhada (Sertão), e, nestas, entre os períodos seco e chuvoso de coleta. Sementes de T. longicarpa produzem menos óleo sob menor regime pluviométrico e maior temperatura. Entretanto, as análises de correlação e de multivaiadas (PCA e UPGMA) mostraram que o teor de óleo e o perfil de ácidos graxos de sementes de T. longicarpa foram correlacionados apenas com a temperatura. O ácido linoleico foi principal ácido graxo identificado. O ácido palmítico, um ácido graxo saturado, foi positivamente correlacionado com a temperatura, enquanto o ácido oleico, um ácido graxo insaturado, foi negativamente correlacionado com esta. Com relação a C. flexuosa, o teor médio de óleo de variou de 15,59% a 22,74% entre os indivíduos ocorrentes na Restinga (Conde, estado da Paraíba) e Caatinga (Caruaru e Serra Talhada, estado de Pernambuco), mas estes achados não foram significativos. Os ácidos graxos obtidos das sementes dos indivíduos ocorrentes no Conde foram predominantemente saturados com elevado teor de ácido palmítico (56,46%) e levemente insaturado com predomínio do ácido oleico (40 a 44%) nas sementes oriundas da Caatinga. Análises de clusters mostraram que o perfil de ácidos graxos de C. flexuosa separa os indivíduos dentro e entre as localidades. Análises de correlação e PCA indicaram que a altitude, temperatura mínima, longitude e latitude influenciaram a composição de ácidos graxos. Esses achados demonstram que fatores ambientas similares regulam a biossíntese de ácidos graxos de maneira diferente entre as espécies analisadas. Biotecnologicamente, os óleos de T. longicarpa e C. flexuosa possuem uma composição adequada ao aproveitamento alimentício e para a indústria de biodiesel. O óleo obtido das sementes C. flexuosa provenientes da Restinga, com alto conteúdo do ácido palmítico, ainda é adequado ao aproveitamento na indústria de sabão e detergentes. |