A representação do suicídio na série 13 Reasons Why : uma abordagem da Análise Crítica do Discurso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Rhaí Ramos da
Orientador(a): MELO, Iran Ferreira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49627
Resumo: Esta pesquisa tem como principal objetivo analisar, à luz da Análise Crítica do Discurso (ACD), especialmente a partir dos trabalhos de Norman Fairclough e de Gunther Kress e Theo Van Leeuwen, de que maneira se dá a representação do suicídio na série americana da Netflix 13 Reasons Why. Busco, como objetivo específico, refletir sobre como as práticas discursivas atuam de modo a sustentar ou suspender a estruturação social para manutenção da dominação do discurso de estereotipização, culpabilização, exposição e silenciamento do suicídio. Considerando a importância de discuti-lo, enquanto fenômeno social, questão de saúde pública e de crise humana, oriento este trabalho na direção da compreensão das bases sociais que constituem as visões a respeito do suicídio, a partir da observação de aspectos discursivos e sociais, tendo em vista os elementos presentes na construção representacional da série supracitada ao significar o suicídio. Serão levados em conta, nesse sentido, aspectos visuais, como a perspectiva, a distância social, a transacionalidade, modalidade, saliência e conceituação simbólica para a construção audiovisual discursiva (Kress & van Leeuwen, 2006 [1996]), assim como os modos de avaliação, a partir das afirmações avaliativas, categoria proposta por Fairclough (2003). Para tanto, farei análise da primeira temporada, posto que é nela que a personagem principal, Hannah Baker, consuma seu suicídio, além de mencionar os “13 porquês” para sua morte autoprovocada, mote que intitula a obra. A partir da análise aqui empreendida, é possível perceber como as estruturas sociais acabam por se tornar reprodutoras de preconceitos, tabus e estereótipos, que cristalizam e potencializam comportamentos de exclusão e de silenciamento contra as pessoas consideradas “suicidas”.