Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
MELO, Ester Marcele Ferreira de |
Orientador(a): |
LINHARES, Francisca Márcia Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/20167
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Resumo: |
O câncer do colo uterino (CCU) é causador de alta taxa de mortalidade no Brasil, apesar dos programas de rastreamento existentes. Conhecer o que as mulheres sabem, pensam e como agem frente ao exame de prevenção do CCU é fundamental para o direcionamento de práticas educativas que visem aumentar a adesão ao exame de prevenção. Nesse sentido, o objetivo geral da dissertação foi avaliar o conhecimento, atitude e prática de mulheres sobre o exame de prevenção do câncer de colo uterino. Realizou-se uma revisão integrativa para identificar na literatura quais as estratégias educativas utilizadas na prevenção do CCU. A amostra foi composta por 12 artigos publicados em português, inglês e espanhol, entre 2009 e 2014, disponíveis nas Bases de Dados PUBMED, MEDLINE, LILACS, BDENF E CENTRAL. As principais estratégias educativas identificadas foram vídeos educativos, folhetos, convites impressos, guias ilustrativos, mensagens televisivas, contato telefônico, visita domiciliar e ações educativas. O artigo original denominado “Conhecimento, atitude e prática de mulheres sobre o exame de prevenção do câncer do colo uterino” objetivou avaliar o conhecimento, atitude e prática (CAP) de mulheres sobre o exame de prevenção do CCU e sua associação com as variáveis sociodemográficas. Tratou-se de um estudo transversal, realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Sanitário V, no Município de Recife-PE. A amostra do estudo foi composta por 500 mulheres com idade entre 25 e 64 anos de idade. Para a coleta de dados utilizou-se um formulário semiestruturado aplicado durante a visita domiciliar. Na análise dos dados, após a classificação do CAP das mulheres acerca do exame de prevenção do CCU, foram calculadas as prevalências da adequação através do teste Quiquadrado. A avaliação dos fatores de perfil que pudessem influenciar significativamente no CAP da mulher foi feita por meio da construção das tabelas de contingência e da aplicação do teste Qui-quadrado para independência. Nos casos em que as suposições do teste não foram satisfeitas aplicou-se o teste Exato de Fisher. Verificou-se que 35,2% das mulheres apresentaram conhecimento adequado acerca da prevenção do CCU, 98% e 70,6% apresentaram atitude e prática adequada, respectivamente. Na análise multivariada, dentre as variáveis estudadas o conhecimento adequado apresentou associação estatística com as variáveis sociodemográficas, como número de filhos, renda e religião. Não ter filhos (p=0,044), ter renda familiar de dois salários mínimos (p=0,011) e ter religião espírita ou afrobrasileira (p=0,018) foram estatisticamente significantes para ter o conhecimento adequado. Dentre as mulheres que não realizam o exame do CCU (5,4%) os motivos declarados foram: falta de interesse (32,4%), vergonha (17,6%), falta de tempo/ausência de parceiro sexual (ambos com 14,7%), não gostar (11,8%) e medo (8,8%). O conhecimento inadequado associado aos motivos alegados pelas mulheres para a não realização do exame de prevenção do CCU constatam a necessidade da realização de ações educativas por parte do enfermeiro a fim de empoderá-las sobre a temática e estimular sua adesão. |