Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
CARDOSO, Henriqueta Dias |
Orientador(a): |
COSTA, Belmira Lara da Silveira Andrade da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13273
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Resumo: |
Os ácidos graxos essenciais (AGEs) têm sido indicados como potenciais agentes preventivos e terapêuticos em uma grande variedade de doenças neurodegenerativas assim como indispensáveis para o desenvolvimento cerebral. O principal objetivo deste trabalho foi investigar os mecanismos relacionados com a perda de neurônios dopaminérgicos induzida pela deficiência crônica em AGEs previamente detectada na substância negra (SN) de ratos Wistar jovens (J), estendendo a análise também a animais adultos (A). Para isso, foram utilizadas dietas balanceadas e que diferiram apenas na fonte lipídica, sendo óleo de soja para os grupos controles (C) e óleo de coco para os grupos experimentais (E). As dietas foram fornecidas às mães a partir do acasalamento e mantidas por uma (F1) ou duas (F2) gerações. Marcadores de insulto oxidativo: lipoperoxidação (LP), atividade das enzimas superóxido dismutase total (SOD-t), catalase (CAT) na SN e corpo estriado (CE) foram avaliados em animais AF1 e em JF2 e AF2. Indicadores de neurodegeneração na SN e CE destes animais foram avaliados utilizando a técnica de marcação com o fluoróforo, Fluoro Jade C. Análise quantitativa do tamanho e nº de neurônios dopaminérgicos e da distribuição de células imunorreativas ao fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) foi realizada em animais AF2. Os níveis de nitrito, como indicador da produção de óxido nítrico na SN e CE, foram analisados em animais JF2 e AF2. A dieta experimental reduziu em ~28%, ~50% e ~60% os níveis de ácido docosahexaenóico (DHA) na SN dos grupos experimentais AF1, JF2 e AF2 respectivamente, comparado aos seus controles. Nos animais EAF1 um aumento em ~17% e ~45% na atividade da SOD-t foi observado na SN e CE comparado ao grupo controle, o evitou níveis danosos de lipoperoxidação. Por outro lado, um aumento nos níveis de lipoperoxidação (~34%) foi detectado na SN de animais EJF2, acompanhados de não reatividade da SOD-t e de uma redução em 4,8 vezes na atividade da CAT. Sinais de neurodegeneração foram evidenciados em neurônios dopaminérgicos e não dopaminérgicos da SN do grupo EJF2. No CE, o aumento da LP em ~39% foi acompanhado de redução em 3,8 vezes e 2,8 vezes da atividade da SOD-t e CAT, respectivamente, só foram observados nos animais do grupo EAF2. A dieta experimental não alterou os níveis de nitrito na SN, mas aumentou de forma significativa estes níveis no CE de animais jovens (30%) e adultos (1,8 vezes). A deficiência crônica em DHA até a idade adulta comprometeu o crescimento do corpo celular e aumentou a perda de neurônios dopaminérgicas na SN rostro-dorso-medial (~35%) afetando também aqueles localizados na região caudo-ventro-lateral deste núcleo. Uma redução de ~22% no número de células BDNF+ foi também observada na SN. Os resultados mostram que a restrição dietética em AGEs por duas gerações até a idade adulta é capaz de induzir lipoperoxidação na SN e CE devido a comprometimento na atividade das enzimas anti-oxidantes, perda de células BDNF+ na SN e aumentados níveis de óxido nítrico no CE. Tidos em conjunto, tais mecanismos podem estar atuando de forma sinérgica na degeneração de neurônios dopaminérgicos induzida pela deficiência em DHA. |