Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Steffens Moraes, André |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3702
|
Resumo: |
Introduzida no Pantanal há mais de dois séculos, a pecuária de corte extensiva é a principal atividade econômica da região. Apresenta baixos índices de produtividade e seu sistema de produção está adaptado às características ambientais de cheia e seca regionais. Desde o início dos anos 1970 os fazendeiros têm desmatado e plantado pastagens a fim de aumentar a produtividade do rebanho. O desmatamento tem causando impactos negativos no ecossistema e chamado a atenção da sociedade para questões relacionadas à sua conservação. Devido a sua condição singular em termos de riqueza biológica e diversidade de paisagens e ambientes foi instituído Patrimônio Nacional e Reserva Mundial da Biosfera. A possibilidade de oferecer aos produtores pantaneiros alternativas capazes de aumentar a rentabilidade da terra sem afetar o ecossistema tão severamente como o desmatamento foi um dos fatores motivadores deste trabalho. Para entender como a pecuária se insere na administração dos recursos naturais do Pantanal foram conduzidas várias etapas de investigação. Primeiro, foi determinada a rentabilidade (em termos de receita líquida) de fazendas com e sem pastos cultivados, através de um levantamento de dados primários sobre os sistemas de produção da pecuária regional. A seguir, foram analisadas alternativas para aumentar a rentabilidade da terra, mediante a introdução de práticas mais eficientes de manejo do rebanho e de novas atividades produtivas, complementares à pecuária. Finalmente, por meio de extensa revisão bibliográfica, se procurou estimar o valor econômico total do ecossistema Pantanal, para compará-lo com o valor dos diferentes usos da terra. Essa comparação mostra que os custos sociais do desmatamento são maiores do que os benefícios potenciais esperados, embora do ponto de vista privado o desmatamento proporcione ganho econômico. Ou seja, para o pecuarista a implantação de pastagens é rentável e se torna ainda mais rentável com práticas de manejo melhoradas e atividades complementares. Isso gera um conflito entre benefícios privados e sociais. O balanço entre os ganhos e perdas privados e sociais serve como balizador para entender e guiar programas voltados para a conservação da região e para orientar futuros esforços de pesquisa. A estratégia sugerida como tendo maior probabilidade de sucesso para alcançar os objetivos de conservação, é basear tais programas em incentivos antes que em medidas restritivas e regulatórias, pois as diferentes partes interessadas devem ser envolvidas na elaboração das soluções políticas |