As representações identitárias femininas no cordel: do século XX ao XXI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Loureiro Marinho Barbosa, Clarissa
Orientador(a): Lucia Ramalho de Farias, Sonia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7441
Resumo: Este trabalho pretende apresentar as representações identitárias femininas mais constantes nos cordéis, ao longo do século XX e início do XXI. São selecionados folhetos em que predomina um olhar patriarcalcatólico sobre a mulher e aqueles que ou satirizam esta abordagem, ou a explodem. Assim, são analisados, inicialmente, os estereótipos de Madalenas arrependidas, esposasEvas e mãesMarias para demonstrar como são representações de uma silenciação da voz feminina e de costumes nordestinos, próprios a uma religião popular construída nos textos ao longo do século XX. Depois, são apresentados textos escritos no final do século XX e início do XXI cujos estereótipos de novas Evas e feministas expressam novos olhares sobre a mulher no cordel que reconstroem estereótipos e elaboram novos, deixando o folheto numa situação de fronteiras : ao mesmo tempo que zomba de situações própria aos sistema patriarcal, constrói relações afetivas, tomando como base valores deste mesmo sistema. Por último, são avaliados textos escritos por Salete Maria, no início do século XXI, que revelam um novo olhar feminino sobre a mulher que dá prioridade à recriação de uma pluralidade de subjetividades femininas nos folhetos, minando estereótipos, papéis e espaços fixos, através de constituição de novas linguagens. Desta forma, esta tese dá ênfase à mobilidade do cordel, como um gênero que se modifica, à medida que seu olhar se altera sobre o universo feminino. É, portanto, um cadinho de memórias em movimento