A recepção infantil de representações pictóricas de procedimento em sequências: o caso das receitas culinárias ilustradas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: PERES, Rafaella Lopes Pereira
Orientador(a): CAMPELLO, Silvio Romero Botelho Barreto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Design
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19727
Resumo: O intuito da presente pesquisa foi demonstrar a importância do Design da Informação (DI) no âmbito da habilidade de compreensão infantil de representações simbólicas, por meio da observação da capacidade infantil em entender a variável sequencialidade exposta em receitas culinárias ilustradas (RCIs). A partir do método de estudos de recepção em comunicação, desenvolvido pelo Laboratorio de Analisis Instrumental de la Comunicación (LAICOM), foram avaliados os efeitos de idade, experiência visual e dificuldades de interpretação em crianças brasileiras na faixa etária de 4 a 10 anos. Um único procedimento culinário foi apresentado em três diferentes composições a 187 crianças, divididas por faixa etária e por composição, com o intuito de buscar informações sobre o processo de recepção infantil. Supõe-se, de início, diferenças interpretativas entre níveis de desenvolvimento e, que independente da idade, as crianças percebam melhor e com mais facilidade a sequencialidade quando ela é reiterada e enfatizada. A organização do material utilizado nos estudos de recepção baseou-se em autores do DI com foco no estudo da linguagem gráfica e da representação processual, do desenvolvimento infantil, e em alguns estudos prévios de recepção. A observação estatística dos dados apresentou dois resultados principais: primeiramente, que a diferença interpretativa referente a cada composição - apresentadas separadamente - foi estatisticamente anódina; e em segundo lugar, que a visível diferença da frequência de acertos entre as faixas etárias confirma uma disparidade significativa de capacidade de interpretação de acordo com os diferentes níveis de desenvolvimento. Em termos qualitativos, observa-se que a variação de combinações e de elementos dentro de uma determinada composição define diferentes caminhos de leitura e diferentes interpretações. A análise qualitativa acusou que crianças entre 8 e 10 anos tem maior experiência visual, maior capacidade interpretativa e menores dificuldades de interpretação das representações simbólicas que determinam a compreensão da sequencialidade em procedimentos ilustrados. Uma pequena diferença de acertos entre as composições sugere que a partir de uma determinada etapa de desenvolvimento, as representações simbólicas são mais facilmente compreendidas, ainda que exijam atenção cuidadosa no quesito ambiguidade. Assim, pode-se concluir que, independentemente da idade, mensagens visuais de procedimento, sobretudo para crianças, devem ser claras, precisas, bem definidas e o mais diretas possível.