Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Dória Matos, Adriana |
Orientador(a): |
Márcio Tenório Vieira, Anco |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7716
|
Resumo: |
Este trabalho busca uma análise comparativa entre as obras de João do Rio e Fernando Bonassi. O corpus escolhido foram as crônicas reunidas no livro A alma encantadora das ruas, de João do Rio, e 100 coisas e Passaporte, de Fernando Bonassi. Os pontos de interseção encontrados entre os autores são a temática a marginalidade urbana no Brasil do século XX e o espaço que os textos originalmente ocuparam, antes de serem vertidos em livro: as páginas de jornais diários de grande circulação no Brasil. A partir desses elementos em comum, interessa-nos observar aspectos literários relativos aos textos aqui analisados o gênero crônica, a tradição realista na prosa brasileira, a temática urbana , junto a aspectos exteriores à literatura que, no entanto, incidem sobre ela, como os contextos social e histórico em estão inseridas estas obras. Do ponto de vista da narrativa, é destacada a variedade formal com que se expressam os escritores pela crônica, sendo esta liberdade decorrente do fato de ela constituir-se como gênero híbrido de literatura e jornalismo. Consideramos também que, pelo seu papel simultaneamente artístico e reflexivo, a crônica solicita do autor atenção constante ao cotidiano e às coisas do mundo . A mimetização do real característica deste gênero remete-nos a um aspecto reincidente na prosa nacional, que se constitui numa tradição realista. Em diferentes momentos da nossa história literária encontramos obras que usam a realidade como matéria-prima, o que nos instiga a investigar os caminhos desta tradição. É sob estes paradigmas teóricos o gênero crônica e a existência de uma tradição realista na prosa brasileira que são analisadas a crônicareportagem de João do Rio e a crônica-conto de Fernando Bonassi. As referências bibliográficas usadas neste trabalho refletem o hibridismo dos textos selecionados. Ao lado de estudiosos no campo literário como Antonio Candido, Afrânio Coutinho, Davi Arrigucci Jr., Raúl Antelo e Walnice Nogueira Galvão foram também lidos autores das áreas de comunicação, como José Marques de Melo e Nelson Werneck Sodré, e história, como Nicolau Sevcenko |