Narrativas contemporâneas da violência: Fernando Bonassi, Paulo Lins Ferréz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Adelcio de Sousa Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-7V3GHU
Resumo: Este trabalho analisa as narrativas contemporâneas da violência, as quais são representadas por Passaporte (2001), escrita por Fernando Bonassi; Cidade de Deus (1997), cujo autor é Paulo Lins e, a mais recente publicação dentre eles, Manual prático do ódio (2003) escrito por Ferréz. Embora ambos os autores pertençam ao corpus da literatura brasileira, Bonassi pode ser estudado como herdeiro da linha estética de Rubem Fonseca, autor de Feliz ano novo (1975), a qual foi por mim denominada mercadoria da crueldade. A contrapartida é representada pela literatura ruidosa produzida por Paulo Lins e Ferréz. Suas tradições derivam de autores como Lima Barreto e outros tais como Carolina Maria de Jesus e seu romance Quarto de despejo (1960), João Antônio e seu Malagueta, Perus e Bacanaço (1963). Tanto a mercadoria da crueldade quanto a literatura ruidosa se utilizam da violência como tema e recurso estético. Enquanto a primeira reforça estereótipos em relação à representação do subalterno, a segunda tem, por sua vez, vozes narrativas que apresentam aspectos humanos ocultos ou negados às personagens subalternas.