Diversidade, distribuição e conservação de Riccia L. (Ricciaceae, Marchantiophyta) no semiárido nordestino do Brasil
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29405 |
Resumo: | Com a finalidade de conhecer a diversidade, raridade e status de conservação de Riccia L. na Caatinga, e compreender a influência de fatores intrínsecos e extrínsecos na distribuição das espécies do gênero, realizamos uma análise fitogeográfica e macroecológica em escala regional. Partindo do pressuposto de que fatores extrínsecos e intrínsecos afetam a distribuição das espécies, elaboramos as seguintes hipóteses: (1) Quanto maior o tamanho do esporo, menor a amplitude de distribuição da espécie; (2) Quanto maior o tamanho do gametófito da espécie, mais ampla será a sua distribuição; e (3) Fatores extrínsecos, como temperatura, precipitação e altitude, afetam a distribuição das espécies de Riccia. Confeccionamos uma lista de espécies a partir de coletas realizadas nas ecorregiões da Caatinga, análise de material de herbários brasileiros e do banco de dados do speciesLink. Foram reconhecidas 17 espécies para a Caatinga, sendo R. vitalli Jovet-Ast a mais amplamente distribuída ao longo deste domínio. As ecorregiões com maior riqueza de espécies foram Depressão Sertaneja Meridional (14 espécies) e Planalto da Borborema (nove). Quanto ao padrão fitogeográfico das espécies, cinco são endêmicas do Brasil e, destas, duas são endêmicas da Caatinga, sendo as demais neotropicais (seis), restritas à América do Sul (quatro), disjunta (uma) ou cosmopolita (uma). Em relação à raridade, a maioria das espécies (seis) apresentou padrão do tipo satélite, seguido de urbana e core (com quatro espécies cada uma) e, por fim, três foram classificadas como rurais. De acordo com a avaliação do status de conservação das espécies em escala regional, dois táxons foram categorizados como Criticamente em Perigo, três como Em Perigo, um como Quase Ameaçado e os demais como Pouco Preocupantes. Em relação aos efeitos dos fatores intrínsecos na distribuição, houve uma correlação positiva entre amplitude de distribuição e tamanhos dos esporos e dos gametófitos, refutando assim, nossa primeira hipótese, mas corroborando com a segunda hipótese. Contrapondo-se à terceira hipótese, as variáveis ambientais utilizadas não evidenciaram o agrupamento dos pontos de ocorrência das espécies, denotando que as variáveis utilizadas não delimitam o nicho grinnelliano dos táxons estudados. |