Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
MEDEIROS, Sabrina Correia |
Orientador(a): |
SILVA, Anderson Almeida da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54083
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Resumo: |
Esse trabalho tem por finalidade analisar o comportamento do /S/ em coda silábica na fala de indígenas bilíngues do Latundê enquanto L1 e do Português enquanto L2, que habitam a Terra Indígena Tubarão-Latundê, localizada no Estado de Rondônia. Está pesquisa se fundamenta nos pressupostos do Contato Linguístico e do Bilinguismo (THOMASON, 2001; ROMAINE, 1995; WEINREICH,1953; MATRAS, 2010; HICKEY, 2010, entre outros), verificando o fenômeno de transferência fonológica de uma língua para outra. A escolha do tema decorreu da hipótese de que a não existência de fonemas sibilantes em vida silábica no Latundê interferiria na produção das coda /S/ no português de segunda língua. Na análise, observamos que o comportamento dessa coda nos dados disponíveis, considerando condicionantes linguísticas e sociais. O corpus foi constituído a partir de gravações realizadas entre 1995 e 2016. A análise foi de natureza qualitativa, e os dados fonéticos foram submetidos ao software Praat, para confirmação da percepção de oitiva. Como resultado de nossa análise, frente ao comportamento da coda fricativa sibilante, os seguintes fenômenos foram atestados: apagamento do /S/ em coda silábica, com ocorrência mais frequente, seguido da realização da fricativa alveolar surda [s]. Além desses fenômenos, ocorreram, em menor frequência, a realização da alveolar sonora [z], da palatal surda [ʃ], da palatal sonora [Ʒ], da glotal surda [h] e da glotal sonora [ɦ], sendo os fones sonoros raros no corpus. Os fenômenos analisados foram confrontadas com estudos sociolinguística os sobre o fenômeno no Português como L1, para cotejarmos as restrições relevantes e avaliarmos o papel da interferência do Latundê no português indígena. Diante dos achados da pesquisa, consideramos que a interferência é responsável pelo apagamento do /S/; que a produção da coda como segmento fricativo alveolar surdo [s], ao lado das suas contrapartes sonoras e palatais, bem como das florais surda e sonora, embora coincida em alguns aspectos, não obedece largamente às condicionantes observadas no português L1. Tal comportamento, confirma também a ocorrência da interferência da L1 na L2, decorrente do contato linguístico vivenciado pelo povo Latundê. |