Análise da qualidade da água no ramal do Agreste situado no eixo Leste do projeto de integração do Rio São Francisco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: ARAÚJO, Jonatas Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/58046
Resumo: A Região do Agreste, característica do Nordeste brasileiro, é considerada uma faixa de transição entre a Zona da Mata e o Sertão, com precipitação média anual de 600 mm a 800 mm e historicamente esta região tem convivido com problemas relacionados à seca. Neste sentido, o Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional – PISF, considerado um dos maiores empreendimentos de infraestrutura hídrica do Brasil, tem sido um marco para o desenvolvimento da Região Nordeste, com o objetivo de oferecer as águas do “Velho Chico” para as regiões com menos disponibilidade de água para atender a população. O Ramal do Agreste é uma obra situada no Estado de Pernambuco, que interliga o Eixo Leste do PISF até a Adutora do Agreste. Possui 70 km de comprimento e capacidade de disponibilidade de água de 8 m3/s, podendo atender mais de 2,2 milhões de pessoas em 68 municípios localizados no Agreste Pernambucano. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade da água no Ramal do Agreste, apresentando uma análise crítica do resultado dos indicadores definidos pelo monitoramento de qualidade de água, durante o período de coleta de 2018 a 2022 e analisar do uso do solo das bacias onde situa o empreendimento. Foram analisados 5 pontos de estudos: P1 (Reservatório Cachoeira I), P2 (Rio Ipojuca, a montante do Reservatório Ipojuca), P3 (Reservatório Ipojuca), P4 (Reservatório Pão-de-Açúcar) e P5 (Rio Ipojuca, a jusante do Reservatório Pão-de-Açúcar). Observou-se que alguns parâmetros de qualidade estiveram foram dos limites estabelecidos pela Resolução do Conama n° 357/2005 para corpos d’água de Classe II. Além disso, os pontos P2 e P5 tiveram os piores resultados do Índice de Qualidade das Águas, enquanto o ponto P1 apresentou os melhores valores. Notou- se que a classificação do IQA está relacionada com sazonalidade, sendo melhores nos períodos de inverno, e piores nas épocas mais secas. Foi possível correlacionar as atividades antrópicas, com os impactos na qualidade da água dos corpos hídricos estudados nas bacias hidrográficas onde situa o Ramal do Agreste: Bacia do Rio Ipojuca (UP 05) e Bacia do Rio Moxotó (UP 10). Diante do exposto, faz-se necessário um maior controle e fiscalização ambiental por parte dos gestores públicos das atividades irregulares encontradas, tais como o lançamento de esgoto e resíduos da cana-de-açúcar, para que possam buscar a correção destas e demais atividades poluidoras, a fim de mitigar os efeitos da interferência humana nos corpos hídricos, focado também na melhoria dos indicadores de saneamento básico e proteção dos recursos hídricos.